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NOTÍCIAS DO SÍNODO
 
Balanço do Sínodo
D. Albino Mamede Cleto

26 de Outubro de 2005

Durante o Sínodo, na tarde do sábado, 15 de Outubro, a Praça de S. Pedro encheu-se de crianças que fizeram neste ano a 1ª Comunhão. Veio o Papa, que passou por entre os pequenos, e a algazarra foi grande. Depois tudo acalmou e havia perguntas (previamente escritas…) para fazer ao Santo Padre. Numa delas, dizia o miúdo: “Eu vou à Missa, mas o meu pai não vai…”
Esta era a apoquentação do pequeno e foi também uma das que mais se sentiu nos diálogos dos Bispos, manifestada nas “propostas” agora apresentadas ao Papa. Numa sociedade que precisa e gosta de folgar em fim-de-semana, diminui, ainda que não em todos os países, a frequência dominical. E sente-se que para muitos católicos, presentes na Missa de sábado ou de domingo ao final do dia, ela é uma obrigação a que não querem faltar.

Como tudo isto contrasta com o que se foi ouvindo da Eucaristia, sinal e presença sagrada, milenarmente vivida, do próprio Senhor Jesus, no meio daqueles que nele acreditam! E como é diferente o que se passa com outras religiões, que cultivam religiosamente o seu dia santificado. Parece que os cristãos não se deram conta de que o esvaziamento do domingo, também como dia de repouso, de contacto familiar e social e de enriquecimento cultural, é um verdadeiro empobrecimento humano…
Daí que do Sínodo saia o propósito de um maior esforço no sentido de fazer do “dia do Senhor”, o “dia dos cristãos”, em que eles celebram a verdade central da sua fé, Cristo Ressuscitado. Para isso se preconiza que seja a própria comunidade cristã a organizar actividades como encontros de amigos, peregrinações, actividades caritativas, sem descurar a catequese e os momentos de oração.

Naturalmente que este assunto arrastava sempre outro: a falta de padres. Evidenciaram-se então alguns Bispos da África, da América do Sul e também da Europa, que sublinharam o valor das celebrações dominicais presididas por diáconos ou leigos em comunidades “na expectativa de presbítero”, expressão que ganhou espaço para substituir a da “ausência de presbítero”. Verificou-se que estas celebrações, sendo um valor, precisam de especial cuidado, para que não se confunda a fonte com a nascente. E esta é a celebração pascal da Morte e Ressurreição do Senhor, que só a presença de um sacerdote pode garantir.

Os Bispos de países com minorias cristãs (era da Argélia o meu companheiro de carteira) pareciam não sentir tais problemas. Para as suas comunidades, diminutas mas vivas, a Missa dominical é um verdadeiro encontro fraterno e alegre, em que se alimenta a fé e o amor. Isto mesmo me dizia um Bispo de Taiwan, junto de quem me colocaram no almoço final. Num fraco italiano, lá nos fomos entendendo, o suficiente para eu ficar a conhecer a liberdade e os medos daquela gente.

Nem de propósito: ao levantar-me para o café, junto-me a outro rosto chinês, que me disse ser de Hong-Kong. Este, mais preocupado com a sorte das escolas católicas… Mas terminamos a falar dos Bispos de Macau, anteriores e actual, que ele conhece perfeitamente.
 

+ Albino Mamede Cleto, Bispo de Coimbra
 

 

 

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