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XXV DOMINGO COMUM AABERTURA SOLENE DO ANO PASTORAL 2023-2024
Caríssimos irmãos e irmãs!
Um novo ano pastoral é sempre motivo de nova esperança para a comunidade diocesana, que precisa de renovar o ânimo e a fé de que é portadora. Não podemos pura e simplesmente programá-lo como todos os outros, nem repetir exatamente da mesma maneira as fórmulas a que estamos habituados, porque o mundo corre e a Igreja não quer simplesmente correr atrás dele, mas quer ir à frente e iluminar com a luz do Evangelho de Jesus todas as suas sombras. A Igreja está no mundo para dar Cristo ao mundo e, por meio da evangelização, apresentá-l’O como o Caminho, a Verdade e a Vida.
No encontro com a Igreja em Portugal, no Mosteiro dos Jerónimos, durante a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco incentivou-nos a não ficarmos presos aos desânimos e insucessos, mas a levantarmos o olhar para um futuro de esperança que vem do Alto. Diante das estatísticas da prática religiosa ou diante de qualquer realidade mais feliz ou mais sombria, só podemos ver as oportunidades e sementes de futuro, que o Espírito Santo nos faz ver como desafios. Não ignoramos nenhuma das realidades que estão patentes diante de nós, pois a Boa Nova a anunciar e viver é muito mais arrebatadora do que essa realidade.
Este novo ano pastoral, tendo em conta o que conhecemos por meio do recenseamento da prática religiosa, por meio dos estudos sobre a religiosidade dos portugueses e, em especial dos jovens, mas tendo também em conta a experiência inesquecível da Jornada Mundial da Juventude, é verdadeiramente um novo ano. Há algo de bom e de grande que não podemos esquecer; há sementes lançadas à terra que havemos de fazer dar fruto abundante, com a cooperação de muitos trabalhadores chamados para a vinha do Senhor.
A Igreja Diocesana de Coimbra está diante de uma oportunidade que não pode perder, pois não veremos tão depressa uma onda de entusiasmo como a que acabamos de ver. A Diocese moveu-se em todas as suas estruturas e pessoas, houve colaboração de muitos homens e mulheres de boa vontade, o dinamismo da fé fez-se sentir e a união entre as pessoas foi uma realidade.
A leitura do Livro de Isaías que escutámos chamava-nos a atenção para os momentos de graça que se não podem desperdiçar: “Procurai o Senhor, enquanto se pode encontrar, invocai-O enquanto está perto”. O Senhor pode sempre encontrar-se e invocar-se; Ele está sempre perto de nós e vem continuamente ao nosso encontro. Nós, porém, nem sempre temos as mesmas condições e a mesma vontade para nos aproximarmos d’Ele ou para irmos ao seu encontro. Este é verdadeiramente um tempo favorável e esta é, de facto, uma hora apropriada para nos pormos a caminho, todos juntos, com Maria.
Quando dizemos no lema do nosso Ano Pastoral, “O caminho continua...”, “Com Maria seguimos juntos” ao encontro de Cristo, estamos mais a manifestar um desejo e um sonho do que queremos ser do que propriamente a proclamar uma realidade já alcançada. Queremos, no entanto, fazer decididamente esse caminho, com o auxílio da Virgem Maria, juntos, unidos, com amor.
Quando repetimos a frase chave que dá luz ao nosso Plano Pastoral, “Jovem, levanta-te! Cristo vive”, estamos, por um lado a apelar à força da nossa fé, que nos faz tomar uma atitude ativa, e, por outro, a reafirmar a nossa certeza quanto à meta a alcançar: Cristo Vivo.
“Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro”, afirmava o Apóstolo Paulo na Segunda Leitura, definindo com toda a clareza a meta que nos faz avançar: a identificação cada vez mais perfeita com Cristo. É o Senhor quem nos faz levantar, quem nos faz pôr a caminho, quem nos move a dar a vida voluntária e livremente no serviço à Igreja sem calcular o que se ganha com isso ou se outros têm maiores sucessos e benefícios.
Fixemo-nos na expressão paulina: “para mim viver é Cristo”. Ela é a expressão da nossa identidade cristã, é a meta do nosso caminho em Igreja, é o fruto do anúncio e do acolhimento do Evangelho, é a expressão do nosso amor maior, é o que desejamos e procuramos a partir da fé.
O Evangelho segundo São Mateus, hoje proclamado, convida-nos a sentirmo-nos chamados a ser Reino de Deus presente no mundo. Só quem aceita o convite de Jesus para ser Reino de Deus, aceita trabalhar na Igreja com entusiasmo, com uns olhos bons e com um coração bom; só quem se sente amado e ama Jesus, está disposto a ter lugar e a dar lugar aos outros nesta Igreja, que convida todos a entrar e a ter lugar.
A última frase de Jesus e conclusão da parábola dos trabalhadores da vinha, “os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos”, é fortemente elucidativa para a ação da Igreja: primeiro, porque transtorna as nossas seguranças acerca da importância das pessoas, depois porque abre as portas do Reino aos que são considerados mais pequenos, e ainda porque nos ajuda a compreender que o caminho da conversão e da adesão interior a Cristo não está vedado a ninguém.
A proposta de Jesus dirige-se aos trabalhadores contratados na primeira hora, a meio da manhã, ao cair da tarde – pessoas em situações diferentes, com caminhadas diversas e até com disponibilidades maiores ou menores. Até os olhos e o coração podem estar já sintonizados e purificados ou ainda em estado de grande confusão ou perversidade. A proposta de Jesus é um convite para fazer caminho com Ele, para entrar no aconchego do seu amor, para uma abertura confiante à fé, para uma integração mais plena na Igreja, para o acolhimento feliz do Evangelho; numa palavra, trata-se do convite à conversão, que não deixa ninguém na mesma quando experimenta estar com Cristo, que leva a progredir interiormente quando se trabalha na Igreja.
Este modo de agir de Jesus sugerido pela parábola inspira o nosso novo ano pastoral e a atitude nova que ele nos pede. A Igreja diocesana precisa de chamar, formar e enviar novos trabalhadores para realizarem a sua missão.
Este ano, focamo-nos especialmente na pastoral dos jovens e na necessidade de os chamar a serem ativos na missão junto dos outros jovens. Pensamos na urgência de animadores da pastoral dos jovens a nível diocesano e a nível local, ou seja, nas Unidades Pastorais. Pensamos também especialmente nos que hão de conduzir os adolescentes nos últimos anos da catequese, em ordem à celebração do crisma e depois desse acontecimento da graça do Espírito Santo.
É preciso chamar, formar e enviar membros de todas as Unidades pastorais para que a Igreja tenha propostas concretas, bem estruturadas e adequadas aos jovens. Confiamos em vós, nos sacerdotes, diáconos, catequistas, famílias e comunidades em geral para que a renovação da Igreja, com os jovens, tenha lugar.
“Irmãos e irmãs, com a Maria, seguimos juntos. O caminho continua...” Acompanhemos toda a peregrinação da nossa Igreja com a oração e com o desejo da fidelidade a Deus e a inspiração do Espírito Santo. Sigamos juntos, partilhando a alegria de acreditar e o entusiasmo da edificação da Igreja, que oferece a todos a possibilidade de fazerem caminho e de serem trabalhadores do Reino. Vamos com novo ardor, novos métodos e novas expressões.
Coimbra, 24 de setembro de 2023Virgílio do Nascimento AntunesBispo de Coimbra
Entrada dos párocos recentemente nomeadosAno pastoral 2023/2024
3/set – Domingo18h – igreja da Tocha
Entrada do novo pároco de Cadima, Sanguinheira e Tocha
23/set – Sábado15h – igreja de São Bartolomeu
Entrada dos novos párocos de São Bartolomeu
1/out – Domingo15h – igreja do Carriço
Entrada do novo pároco do Carriço
18h30 – igreja da Vinha da Rainha
Entrada do novo pároco de Vinha da Rainha
8/out – Domingo18h – igreja do Louriçal
Entrada do novo pároco de Almagreira, Louriçal, Pelariga, Redinha e Capelão do Mosteiro das Clarissas do Desagravo do Louriçal
15/out – Domingo11h – igreja da Rainha Santa, Santa Clara
Entrada do novo pároco de Santa Clara
18h – igreja de Penela
Entrada do novo pároco de Cumeeira, Espinhal, Penela (Sta. Eufémia e S. Miguel), Podentes e Rabaçal
18h – igreja de Castanheira de Pera
Entrada dos novos párocos de Arega, Campelo, Castanheira de Pera, Coentral, Figueiró dos Vinhos, Graça, Pedrogão Grande, Vila Facaia
Coimbra, 31 de agosto de 2023Pe Manuel António Pereira FerrãoVigário-Geral
VIRGÍLIO DO NASCIMENTO ANTUNESBISPO DE COIMBRA
ARCIPRESTADOS E UNIDADES PASTORAIS
Somos Igreja em caminho com Jesus Cristo em direção ao Pai, conduzida pelo Espírito Santo, alimentada pela Palavra e pela Eucaristia. O batismo faz de nós um povo de irmãos, que procuram viver na unidade da mesma fé e cooperar ativamente para construir a Igreja, comunidade de fiéis e edifício espiritual.
A missão da Igreja já definida por Jesus Cristo e transmitida pelo Evangelho, consiste em evangelizar o mundo para que o Nome do Salvador e o encontro com Ele cheguem a todos os povos da terra. De muitas formas e em diversas ocasiões, a Igreja tem-se debruçado sobre esta sua missão, procurando a inspiração necessária para encontrar os meios adequados e o ânimo indispensável.
Na senda do Concílio Vaticano II e dos pontificados que se lhe seguiram, a Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho” e o pontificado do Papa Francisco fazem um apelo veemente acerca da urgência da evangelização. Convidando-nos a saborear de forma feliz esta missão, este fala da “suave e reconfortante alegria de evangelizar” (EG 10); convidando-nos a manter a esperança na realização da missão, o Papa assegura-nos: “com a sua novidade, Ele (Cristo) pode sempre renovar a nossa vida e a nossa comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece” (EG 11).
É a partir da identidade da Igreja e da sua missão que temos a responsabilidade de organizar as comunidades cristãs, tendo em conta a sua dimensão territorial e geográfica, as afinidades sociais e culturais, a experiência comum de vivência da fé e da pertença à Igreja. Neste contexto tem importância decisiva o ministério ordenado, nomeadamente os o dos presbíteros, chamados a ser, juntamente com o bispo, pastores do Povo de Deus e a presidir à comunidade cristã, bem como o dos diáconos, cooperadores da ordem dos bispos e dos presbíteros.
A Igreja que reflete sobre si mesma e procura preparar-se para os desafios do tempo presente em circunstâncias verdadeiramente novas, mantem a mesma fé e os mesmos fundamentos, na fidelidade ao Evangelho e à Tradição, mas desenvolve algumas marcas identitárias, que recupera e atualiza: é comunidade sinodal, que procura envolver a todos no caminho; é comunidade de serviços e ministérios para o bem comum; é comunidade vocacionada para a unidade e a comunhão.
A Diocese de Coimbra está em caminho e procura situar-se neste tempo da história, que há de ser tempo da graça, de renovação e de esperança. A definição dos arciprestados, das unidades pastorais e dos seus modelos de funcionamento é imprescindível, tendo em conta o que somos, como somos e os que somos na diversidade dos membros do Povo de Deus. Respeitamos os modelos que herdámos do passado quando as circunstâncias eram outras, mas não ficamos agarrados a eles ou sem capacidade para tomarmos as medidas necessárias e urgentes para o crescimento da Igreja.
Temos encontrado na Diocese de Coimbra disponibilidade para a renovação das estruturas, na certeza de que elas devem estar ao serviço da preservação da identidade e da missão. Com o Papa Francisco, estamos conscientes de que “há estruturas eclesiais que podem chegar a condicionar um dinamismo evangelizador; de igual modo, as boas estruturas servem, quando há uma vida que as anima, sustenta e avalia. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico, sem «fidelidade da Igreja à própria vocação», toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo” (EG 26).
Tendo em conta estes princípios e um conjunto de aspetos que configuram a realidade diocesana (o clero existente e a sua idade, a demografia e a mobilidade humana que atualmente se regista, a concentração populacional em grandes centros urbanos e o despovoamento crescente de núcleos rurais, a gestão e a rentabilização de recursos materiais e humanos), a Diocese de Coimbra tem vindo a desenvolver um estudo e reflexão sobre as suas estruturas, nomeadamente os arciprestados e as unidades pastorais.
Nos últimos dois anos e dando seguimento a um trabalho que percorreu toda a última década, o Conselho Presbiteral liderou um processo de discernimento que passou também pelo Conselho de Arciprestes, pelo Conselho Pastoral Diocesano, pelos Conselhos Pastorais de Arciprestado, pelos Conselhos Pastorais das Unidades Pastorais e pelas Equipas de Animação Pastoral.
A última versão deste trabalho verdadeiramente alargado e sinodal foi aprovada na assembleia do Conselho Presbiteral da Diocese, que decorreu nos dias 15 e 16 de março de 2023. Foi-me entregue para apreciação e venho agora dá-la a conhecer e publicá-la.
Chegou-se à definição de 9 Arciprestados e 36 Unidades Pastorais, que agrupam todas as paróquias da Diocese. Estão definidas as principais linhas programáticas para a atuação destas estruturas. É preciso pô-las em prática com confiança e com esperança, com o dinamismo operante dos ministros ordenados, os sacerdotes em primeiro lugar, e com a colaboração decidida do Povo de Deus, dos animadores das comunidades, dos que são chamados a serviços e ministérios e dos que integram os organismos de participação e corresponsabilidade, especialmente os membros dos conselhos pastorais e das equipas de animação pastoral.
Desejamos ardentemente que a organização agora proposta não cause ruturas entre pessoas e comunidades. Antes pelo contrário, propomo-las como vias de alargamento do sentido da unidade, da comunhão, da participação e da solidariedade, sempre na caridade. Também aqui é essencial escutarmos e acolhermos o testamento de Jesus expresso na sua oração transmitida pelo evangelista João: “Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão de crer em mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste” (Jo 17, 20-21).
A fim de fazermos uma transição pacífica, ela será realizada progressivamente nos próximos anos pastorais. Várias Unidades Pastorais já estão constituídas e em pleno funcionamento em alguns arciprestados e o processo vai continuar logo que possível, tendo em conta as conveniências da mobilidade e distribuição adequada e equitativa dos sacerdotes que assumirão o ofício de párocos.
Apesar de esta ser a orientação geral e aprovada, poderá haver, no futuro, algumas revisões, de acordo com o maior bem das comunidades.
Confiamos à Virgem Maria, que sempre acompanha a vida da Igreja, os caminhos de conversão pastoral agora propostos.
Segue a lista de Arciprestados e Unidades Pastorais.
Arciprestado do Alto Mondego
Lamas, Miranda do Corvo, Rio de Vide, Semide, Vila Nova de Miranda.
Casal de Ermio, Foz de Arouce, Lousã, Serpins, Vilarinho.
Arrifana, Cadafaz, Colmeal, Góis, Lavegadas, Poiares (Santo André, São Miguel), Vila Nova do Ceira.
Carvalho, Figueira de Lorvão, Friúmes, Lorvão, Oliveira do Mondego, Paradela da Cortiça, Penacova, São Paio do Mondego, São Pedro de Alva, Sazes, Travanca do Mondego.
Arciprestado do Baixo Mondego
Alfarelos, Brunhós, Figueiró do Campo, Gesteira, Granja do Ulmeiro, Samuel, Soure, Tapeus, Vila Nova de Anços, Vinha da Rainha.
Abrunheira, Arazede, Carapinheira, Ereira, Gatões, Liceia, Meãs do Campo, Montemor-o-Velho, Reveles, Seixo de Gatões, Tentúgal, Verride, Vila Nova da Barca,
Anobra, Belide, Bendafé, Condeixa-a-Nova, Condeixa-a-Velha, Ega, Furadouro, Sebal Grande, Vila Seca, Zambujal.
Arciprestado de Cantanhede
Cadima, Cantanhede, Outil, Pocariça, Portunhos, Sanguinheira, Tocha.
Corticeiro de Cima, Mira, Praia de Mira, São Caetano, Seixo de Mira, Vilamar.
Bolho, Cordinhã, Covões, Febres, Murtede, Ourentã, Sepins.
Arciprestado de Chão de Couce
Águas Belas, Areias, Beco, Chãos, Dornes, Ferreira do Zêzere, Igreja Nova, Paio Mendes, Pias.
Alvares, Arega, Campelo, Castanheira de Pera, Coentral, Figueiró dos Vinhos, Graça, Pedrógão Grande, Vila Facaia.
Cumeeira, Espinhal, Penela (Santa Eufémia, São Miguel), Podentes, Rabaçal.
Alvaiázere, Almoster, Maçãs de Caminho, Maçãs de D. Maria, Pelmá, Pussos, São Pedro do Rego da Murta.
Aguda,Alvorge, Ansião, Avelar, Chão de Couce, Degracias, Lagarteira, Pombalinho, Pousaflores, Santiago da Guarda, Torre de Vale de Todos.
Arciprestado de Coimbra Norte
Barcouço, Casal Comba, Luso, Mealhada, Pampilhosa, Vacariça, Ventosa do Bairro,
Botão, Brasfemes, Souselas, Torre de Vilela, Trouxemil.
Ançã, Antuzede, Lamarosa, São João do Campo, São Martinho de Árvore, São Silvestre, Vil de Matos.
Almaça, Cercosa, Cortegaça, Espinho, Marmeleira, Mortágua, Pala, Sobral de Mortágua, Trezói, Vale de Remígio.
Arciprestado de Coimbra Urbana
Nossa Senhora de Lurdes, Santa Cruz, São Bartolomeu, Sé Nova, Sé Velha.
Dianteiro (reitoria), Santo António dos Olivais.
São João Batista, São José.
Antanhol, Assafarge, Cernache, Santa Clara, São Martinho do Bispo.
Almalaguês, Castelo Viegas, Ceira, Torres do Mondego.
Coselhas (reitoria), Eiras, Imaculado Coração de Maria (quase-paróquia), Pedrulha (reitoria), São Paulo de Frades.
Ameal, Arzila, Pereira do Campo, Ribeira de Frades, Santo Varão, Taveiro.
Arciprestado da Figueira da Foz
Alhadas, Bom Sucesso, Brenha, Ferreira-a-Nova, Maiorca, Quiaios, Vila Verde.
Buarcos, São Julião, Tavarede.
Alqueidão, Lavos, Marinha das Ondas, Paião.
Arciprestado do Nordeste
Ázere, Candosa, Carapinha, Covas, Covelo, Espariz, Meda de Mouros, Midões, Mouronho, Pinheiro de Coja, Póvoa de Midões, São João da Boavista, Sinde, Tábua, Vila Nova de Oliveirinha.
Aldeia das Dez, Alvoco das Várzeas, Avô, Bobadela, Ervedal da Beira, Lagares da Beira, Lageosa, Lagos da Beira, Lourosa, Meruge, Nogueira do Cravo, Oliveira do Hospital, Penalva de Alva, Santa Ovaia, São Paio de Gramaços, São Sebastião da Feira, Seixo da Beira, Travanca de Lagos, Vila Pouca da Beira.
Anceriz, Arganil, Barril, Benfeita, Celavisa, Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Moura da Serra, Pomares, Pombeiro da Beira, Piódão, São Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira, Vila Cova do Alva.
Cabril, Dornelas do Zêzere, Fajão, Janeiro de Baixo, Machio, Pampilhosa da Serra, Pessegueiro, Portela do Fojo, Unhais-o-Velho, Vidual de Cima.
Arciprestado de Pombal
Carriço, Guia, Ilha, Mata Mourisca.
Abiul, Pombal, Santiago de Litém, Vila Cã.
Almagreira, Louriçal, Pelariga, Redinha.
Coimbra, 28 de agosto de 2023Festa de Santo Agostinho, padroeiro da DioceseVirgílio do Nascimento AntunesBispo de Coimbra
NOTA PASTORAL DO BISPO DE COIMBRAANO PASTORAL DE 2023-2024
JOVEM, LEVANTA-TE! CRISTO VIVE.
Com Maria, seguimos juntos.O caminho continua...
INTRODUÇÃO
Os jovens, a fé e a Igreja
A proposta de um Plano Pastoral Diocesano centrado nos jovens tem-se revelado de grande importância e muito pertinente, tendo em conta a situação em que nos encontramos, caraterizada por algum distanciamento entre os mesmos jovens e a Igreja.
Segundo o estudo “Jovens, Fé e Futuro”, realizado pela Universidade Católica Portuguesa por ocasião da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, cerca de 56% dos jovens portugueses dizem ter uma religião, mas apenas 34% se dizem praticantes.
Segundo o mesmo estudo, cerca de 88% dos jovens portugueses que têm uma religião afirmam-se católicos, uma vez que as outras confissões religiosas têm uma presença discreta entre nós.
São números que nos inquietam, tendo em conta que somos um país onde a maioria dos jovens são batizados e parte significativa frequenta a catequese durante alguns anos, indo muitos até à celebração do sacramento da Confirmação.
Pensamos naqueles que têm uma religião, e são ainda a maioria, mas vemos que têm uma ligação muito ténue com as instituições religiosas, nomeadamente com a Igreja. Pensamos também nos que não têm qualquer religião e que são uma percentagem muito elevada – cerca de 47%, segundo o estudo «Os jovens adultos europeus e a religião», de 2018 - e com tendência para crescer.
Não conhecemos com exatidão os dados relativos à nossa Diocese de Coimbra, mas podemos concluir que estarão muito próximos dos que se verificam a nível nacional, uma vez que as assimetrias culturais e religiosas são cada vez menores. Brevemente teremos disponíveis os dados resultantes do Recenseamento da Prática Dominical realizado na nossa Diocese de Coimbra no passado mês de novembro de 2022. A sua leitura atenta e a sua interpretação criteriosa vão trazer-nos indicações mais consistentes, que procuraremos ter em conta na nossa reflexão e ação.
Mesmo que não vivamos dependentes dos números das sondagens e dos estudos, havemos de ter em conta essas informações no momento de pensarmos em que sociedade estamos e que desafios ela traz ao processo de evangelização e à missão da Igreja no tempo presente.
A conclusão que devemos tirar está já presente no Plano Pastoral que estamos a procurar pôr em prática e que nos impele a tomar atitudes novas na vida das comunidades, na evangelização, na catequese, no acolhimento e na pastoral dos jovens. Partimos de algumas certezas que nos vêm do Evangelho: Jesus quer tocar o coração dos jovens e estabelecer com eles laços de amor divino; a Igreja recebeu a missão de facilitar os meios sacramentais, pastorais e espirituais, para que isso aconteça; a nossa Diocese de Coimbra e as nossas comunidades são convocadas para dar continuidade a este projeto de Jesus.
A Jornada Mundial da Juventude, Lisboa 2023
Os dois últimos anos pastorais foram vividos no contexto da Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, que nos trouxe muitas alegrias, muitos desafios, mas também nos ajudou a conhecer muitas dificuldades e limites.
Já não tínhamos memória de uma onda de entusiasmo como a que se gerou à volta da Jornada Mundial da Juventude. Vivemos muitas e fortes alegrias com as realizações concretas. Sentimos a mobilização de pessoas e meios em toda a Diocese: o Comité Organizador Diocesano com todas as suas equipas, os Comités Organizadores Territoriais, os voluntários, as famílias de acolhimento, os responsáveis pelos locais de acolhimento. A envolvência das paróquias juntamente com instituições de caráter associativo, autárquico, educativo, e até as empresas, foi sinal da grandeza do projeto e da capacidade de fazer chegar de forma adequada a mensagem.
Sendo um acontecimento único, trouxe-nos desafios igualmente únicos, que nos uniram de forma singular.
Participaram cerca de dois mil jovens da Diocese de Coimbra na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023. Foi para todos um tempo forte de encontro com Cristo, de vivência da fé em Igreja, de caminho espiritual, de evangelização e de fortalecimento de laços humanos.
Reconhecemos que a Igreja está viva em muitos dos seus jovens e que eles são uma geração mobilizadora do presente e do futuro das comunidades cristãs. Ao mesmo tempo, aprendemos que eles trazem dentro de si sonhos de realização a partir da fé, que não podem ser desvalorizados nem defraudados.
A Igreja quer contar com os jovens e quer dar-lhes o lugar que, por direito, lhes assiste. Trata-se de uma enorme responsabilidade para todas as comunidades cristãs, que havemos de assumir, na certeza de que exigem uma atenção especial e que desinstalam um tecido, por vezes, bastante envelhecido.
A Jornada Mundial da Juventude, com tudo o que se viveu na preparação, na realização dos Dias nas Dioceses e na semana passada em Lisboa, é uma graça cujas repercussões futuras precisam de ser acolhidas para que deem frutos.
Há uma onda de entusiasmo que foi crescendo e que havemos de compreender como um sinal do Espírito para a Igreja de Coimbra. Queremos dar-lhe continuidade e acolher os desafios apaixonantes que nos foram feitos. Sabemos que é possível com a força do amor de Deus e com o nosso serviço e disponibilidade. É disso que nos ocuparemos especialmente neste ano pastoral e nos que se lhe seguirão.
A VIRGEM MARIA, MODELO PARA OS JOVENS
O Plano Pastoral Diocesano, ao propor como tema geral Jovem, levanta-te! Cristo vive, já releva por si mesmo a urgência de adotarmos uma atitude ativa, bem como a certeza de fé que nos anima: Cristo está vivo e presente na Igreja e nas nossas vidas.
O subtítulo que incluímos na vivência do Plano Pastoral para este ano, renova em nós a alegria de contar com a Virgem Maria como nossa Mãe e companheira de caminho para Cristo, em Igreja: Com Maria seguimos juntos. O caminho continua...
A Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 trouxe-nos um novo fôlego quando nos repropôs a Virgem Maria como o nosso modelo de jovens e de cristãos, ao dizer-nos: Maria levantou-se e partiu apressadamente... (Lc 1, 39).
Trazemos no coração a riquíssima e marcante experiência vivida na nossa Diocese ao longo da preparação da Jornada Mundial da Juventude, durante os Dias nas Dioceses e durante a participação nos encontros com o Papa Francisco, em Lisboa. A Virgem Maria revelou-se-nos de novo como a Mãe que acolhe os seus filhos e os ajuda sempre a levantarem-se para se porem a caminho.
A Virgem Maria é modelo de fé e de vida para os jovens. Precisamos de aprender a fazer caminho com Ela enquanto inspiração e companhia materna sempre presente. Para que isso aconteça, propomo-nos realizar na nossa Diocese de Coimbra uma pastoral dos jovens de inspiração mariana.
Convido os jovens e os animadores que os acompanham, a levantarem-se, pois, o caminho continua, e a seguirem juntos com Maria, que se lhes oferece como modelo. Pela sua mão, queremos:
. aprender a dizer “sim” a Deus na vocação cristã e na vocação pessoal;
. fazer a leitura e meditação da Sagrada Escritura, na qual Deus nos fala, com a sua atitude de disponibilidade;
. acolher a iluminação do Espírito Santo, na oração, para alcançarmos um coração sempre jovem, pois Ele renova todas as coisas;
. celebrar a Eucaristia com a comunidade cristã, pois ali está Cristo que morreu por nós, que ressuscitou e está vivo, que acompanha os nossos passos;
. adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, para que Ele habite em nós e nos una na comunhão com Deus e com os irmãos;
. peregrinar pelos caminhos da piedade e da devoção mariana, verdadeira escola de encontro, de fé e de vida;
. levar Jesus Cristo e o Seu Evangelho a todos os jovens, conduzidos por Aquela que no-l’O ofereceu e, como Estrela da Evangelização, acompanha os jovens que evangelizam outros jovens;
. participar na festa dos jovens, que são felizes quando partilham e celebram juntos a vida e a fé com a linguagem da sua juventude.
Pedimos à Virgem Maria que continue a confortar-nos nas nossas debilidades, a ajudar-nos a levantar nos momentos de desânimo e a acompanhar-nos com a sua solicitude materna no caminho que continua e que ardentemente desejamos fazer juntos.
II. ALGUNS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA PASTORAL DOS JOVENS
A Jornada Mundial da Juventude é portadora de um novo ânimo e de um novo rumo para a pastoral dos jovens assente em alguns princípios fundamentais que procuramos relevar nesta fase crucial da sua renovação.
1. Os jovens são o “agora de Deus” e o agora da Igreja. Em ordem à renovação necessária e desejada, precisamos de lhes dar o protagonismo adequado, na certeza de que são a faixa etária mais capaz de acolher os dons do Espírito Santo e fazer a diferença na vivência da fé, na animação das comunidades cristãs e na transformação da sociedade.
A Igreja tem o dever de os ajudar a sentirem-se felizes no seu seio e de evitar tudo o que alimente qualquer sentimento de rejeição ou exclusão.
2. A evangelização dos jovens depende de um novo ardor, novos métodos e novas expressões. A Igreja, sempre em renovação, precisa de assumir as fórmulas do passado que se revelaram adequadas para a sua edificação, mas precisa também de assimilar uma atitude de abertura, confiança e diálogo com a linguagem cultural do presente.
Os jovens do séc. XXI são sensíveis à fé, à espiritualidade, ao Evangelho e à Igreja de sempre, mas são fruto do nosso tempo, o que requer a criatividade dos métodos e a pluralidade das expressões que lhes falem à inteligência e ao coração.
3. Cristo vivo, centro absoluto da fé cristã, fala ao desejo de radicalidade de vida inscrito nos jovens. O encontro pessoal com Cristo, com toda a beleza da sua mensagem e com todas as exigências de compromisso de vida, na verdade e na fidelidade, constitui o desafio mais válido para os jovens.
Diante da pluralidade de possibilidades que a vida hoje oferece aos jovens, eles somente se tornam seguidores de Jesus Cristo se o encontrarem e conhecerem como o Senhor do seu presente e do seu futuro.
4. A Igreja é o lugar de crescimento na fé em Deus e a comunidade cristã é a expressão humana e divina do desejo de seguir Cristo segundo a lei do Evangelho.
Temos em conta que os jovens chegam ao contacto com a Igreja em situações diversas: uns pela via da tradição familiar, umas vezes bem alicerçada e convicta, mas em muitos casos pouco marcante no processo de transmissão e crescimento da fé; outros chegam com uma motivação humana, fruto do contacto com outros jovens, como resposta a uma curiosidade cultural, em consequência de uma experiência de vida marcada pelo vazio e ausência de sentido; outros chegam por um impulso do coração, por um encontro porventura não clarificado, mas que conduziu até ali.
Face à variedade das situações que trazem os jovens à Igreja, espera-se uma atitude de acolhimento de todos e de cada um, uma proposta concreta e adequada de caminhada, um amor forte ao jovem independentemente da sua condição e no respeito pleno pela sua pessoa.
5. Os jovens são evangelizadores por direito próprio. E são, em particular, os principais evangelizadores dos outros jovens. Esta intuição de São João Paulo II leva a Igreja e as comunidades cristãs a dar-lhes o protagonismo na reflexão, na participação e na ação.
Uma Igreja, uma paróquia, um movimento, um grupo ou uma instituição com rosto juvenil tem maior capacidade para comunicar com os jovens; um evangelizador, um catequista ou um animador jovem dotado de boas qualidades humanas e espirituais, cativa, forma e testemunha a fé e os valores do evangelho de maneira mais convincente.
Queremos dar lugar aos jovens nas ações diretas de pastoral, mas também na condução das instituições de serviço litúrgico, administrativo e caritativo.
6. A pastoral dos jovens centra-se na proposta de caminhos de aprofundamento espiritual. São muitas e variadas as propostas de atividades de caráter humano, social, cultural, desportivo, de piedade popular que devem ter lugar como preparação para o encontro com Cristo e com o Evangelho.
O centro da pastoral dos jovens encontra-se, porém, na caminhada espiritual que cada um é convidado a fazer e torna-se realidade no coração daquele que tem a graça de orar, celebrar e amar a Deus, a Igreja e os irmãos.
Um verdadeiro caminho de aprofundamento espiritual inclui sempre o contacto com a Palavra de Deus, a celebração dos sacramentos, o acompanhamento espiritual pessoal e em grupo, a vida partilhada na comunidade cristã e o envolvimento no serviço concreto à Igreja e a doação no testemunho diante dos outros.
7. A pastoral dos jovens inclui atividades gerais de sensibilização para a fé, eventos pontuais celebrativos e festivos, percursos regulares de aprofundamento individual e em grupo, e acompanhamento personalizado.
Tendo em conta as caraterísticas de cada um, as circunstâncias próprias em que se encontra e a caminhada já feita, pode ser mais adequada uma ou outra proposta. No entanto, normalmente, os jovens precisam da variedade de momentos, uns mais voltados para o crescimento da alegria de crer e o entusiasmo da vida em comunidade e outros mais vocacionados para a sua formação efetiva e sistemática
8. Os jovens têm um especial sentido dos outros e do bem comum. Desejam mudar o mundo, mas sentem a sua pequenez diante das grandes questões humanas, como são as desigualdades, as injustiças e a falta de oportunidades que enfrentam muitos dos jovens e a sociedade em geral.
O voluntariado apresenta-se como uma possibilidade real de porem a sua vida ao serviço dos outros e de manifestarem a certeza de que a sua vida é uma missão em favor do próximo. Por sua vez, é também uma escola de vida e um meio de manifestarem o seu amor e proximidade para com os mais desfavorecidos, sejam eles doentes, pobres, idosos, excluídos e explorados.
A encíclica do Papa Francisco “FratelliTutti” – Somos Todos Irmãos – toca muito de perto os jovens e incentiva-os a trabalharem ativamente para que a fraternidade se torne uma realidade. O desafio da fraternidade tem um forte potencial para envolver os jovens e deve estar presente nas propostas que a sociedade e a Igreja lhes fazem.
9. O cuidado com a “casa comum” salientado pela encíclica “Laudato Si” tem nos jovens os principais aliados. Eles conhecem os problemas existentes no planeta e que atingem a humanidade, frequentemente desordenada e irresponsável.
A causa da ecologia integral constitui um dos lugares de compromisso dos jovens, a faixa etária mais desperta para os desastres que afetam a criação e a humanidade. O seu acesso ao conhecimento científico conjugado com a sua ânsia de humanização, levam-nos a envolverem-se na tentativa de mudar o rumo dos acontecimentos. Este é, por isso, um campo de ação que deve ser proposto aos jovens e que os ajudará a sentirem-se construtores de um mundo novo.
III. DIMENSÃO DIOCESANA DA PASTORAL DOS JOVENS
A Diocese ou Igreja Local tem uma missão própria no que se refere à pastoral dos jovens, normalmente desenvolvida pelos organismos da pastoral juvenil em cooperação próxima com o seu bispo.
Por meio de um programa de ações formativas, festivas e celebrativas dirigidas aos jovens e aos seus animadores, fornece a uns e a outros os elementos fundamentais a ter em conta e as linhas de orientação para essa missão pastoral. Tem também a faculdade de promover os eventos diocesanos destinados a difundir o gosto e o entusiasmo pela realidade juvenil e potenciar a dimensão diocesana da pastoral dos jovens, ajudando a todos a sentirem-se acompanhados e confirmados na fé pela Igreja.
Cabe ao Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil:
- promover a formação dos animadores;
- fornecer os elementos doutrinais e catequéticos para os trabalhos dos grupos a nível local;
- promover os eventos diocesanos mais significativos, como são a Jornada Mundial da Juventude, festivais musicais, peregrinações, retiros espirituais, acampamentos, percursos vocacionais, conferências e debates sobre os temas culturais, sociais e eclesiais mais significativos;
- propor celebrações litúrgicas e manifestações de piedade cristã ao longo do ano;
- realizar congressos e assembleias diocesanas em ocasiões especiais da vida da Igreja Local.
É da maior importância o trabalho de formação na arte da animação humana e cristã dos animadores dos grupos de jovens. Ser animador de um grupo de jovens é, de facto, uma arte, que supõe capacidades humanas naturais e uma caminhada de fé, mas supõe igualmente uma formação específica.
Tendo em conta que estamos diante de um dos aspetos mais relevantes para o desenvolvimento da pastoral juvenil, tomamos a formação dos animadores como uma das ações mais prioritárias.
A fim de cultivar uma relação próxima entre a dimensão diocesana e a pastoral dos jovens que se realiza em âmbito local, tanto nas paróquias como nas unidades pastorais e nos arciprestados, é importante a existência de uma assembleia diocesana e periódica da pastoral dos jovens, com delegados de todas as realidades existentes. Esta será um lugar de escuta e de partilha, mas também um lugar de comunicação e programação que tenha em conta as necessidades reais dos jovens da Diocese.
A comunicação entre a estrutura diocesana e os dinamismos locais de pastoral juvenil é da maior importância.
Nada substitui o contacto pessoal entre aqueles que têm responsabilidade a nível diocesano e os que se enquadram no âmbito local. É fundamental a criação de laços e de relações pessoais de amizade, para o que contribui muito o encontro, a visita, o telefonema ou a mensagem, a reunião, o convívio, a festa, a celebração ou o momento de oração.
Devemos cuidar muito bem do uso dos meios de comunicação social, das redes sociais e da ligação direta, para que a mensagem circule e se crie uma sintonia forte, que ajude a promover a comunhão entre as pessoas e grupos.
Estamos na era da comunicação, que deve usar todos os meios aptos para a evangelização, para o encontro das pessoas e para o fortalecimento dos laços humanos e espirituais que caraterizam a realidade e os anseios dos jovens.
IV. DIMENSÃO LOCAL DA PASTORAL DOS JOVENS
Os grupos paroquiais de jovens
A pastoral dos jovens torna-se mais efetiva e determinante dentro das comunidades em que eles vivem a sua vida, a sua fé e a sua inserção na sociedade. Com o apoio indispensável da estrutura diocesana, os grupos de jovens, as comunidades locais ao nível da paróquia, da unidade pastoral e do arciprestado têm nas mãos a missão de sensibilizar, acompanhar, evangelizar e auxiliar no encontro com Cristo, no crescimento da fé e na inserção na Igreja.
Não basta que tenhamos uma organização forte a nível diocesano se ela não encontra agentes pastorais locais e que estejam em contacto direto com os jovens. É nas comunidades que se realiza a missão da qual os jovens hão de ser protagonistas e onde hão de sentir-se responsáveis pelos outros jovens.
Cada paróquia ou unidade pastoral precisa de constituir um serviço de pastoral juvenil que lidere o projeto local em sintonia com as inspirações diocesanas. A equipa de animadores da pastoral dos jovens deve ser formada por jovens entusiasmados com a missão evangelizadora da Igreja, acompanhados por alguns adultos com a formação e as competências que os tornem capazes de serem acolhidos pelos jovens como referências próximas e seguras de crescimento na fé e na vida.
A presença e acompanhamento dos sacerdotes e diáconos, é indispensável. Mesmo que não possam estar presentes em todos os momentos de programação ou realização das ações de pastoral juvenil, devem acompanhar com amor e sentindo que isso faz parte integrante, se não mesmo privilegiada, do seu ministério. Ali pode experimentar-se claramente o que significa na realidade, a sinodalidade como comunhão, participação e missão. Ali pode viver-se a corresponsabilidade na missão da Igreja e a importância estruturante dos diferentes ministérios que a caraterizam. Juntos, ministros ordenados, animadores leigos e jovens, assumindo cada um a sua vocação e missão, contribuem com os seus carismas próprios para a edificação de uma Igreja jovem, evangelizada e evangelizadora.
Os grupos de jovens constituídos a nível paroquial ou de unidade pastoral, com base em distintas fases etárias ou de acordo com os percursos de fé dos seus membros, são o rosto institucional e visível da pastoral dos jovens. Comunidade que não organiza essa parte da sua vida, acaba por fazer uma proposta genérica a todos os seus membros sem respeitar as caraterísticas próprias dos jovens e a sua peculiar experiência de vida e de fé. Propostas genéricas e dirigidas indiferenciadamente a todos podem não se adequar a ninguém, tendo em conta a rápida evolução das gerações, as diferenças culturais e as linguagens de uns e de outros. A proposta dirigida aos jovens, bem integrada na proposta evangélica e eclesial, precisa de ter a especificidade e a marca da novidade juvenil.
A preparação para a celebração do Sacramento do Crisma, que entre nós tem lugar na idade juvenil, é portadora de um grande potencial em ordem à decisão pessoal e amadurecida de fazer caminho com Cristo e com a Igreja.
Esse percurso, normalmente realizado em grupo, deve constituir uma oportunidade única para a consolidação da fé dos jovens. Reafirmamos a importância da sua preparação, da sua condução e do seu programa, com o contributo de bons animadores e catequistas e da variedade de atividades propostas. Para levar ao encontro com Cristo, deve incluir tempos significativos de oração e um tempo forte de retiro espiritual com as dinâmicas adequadas à idade dos participantes.
O serviço concreto à comunidade cristã faz parte integrante da vida dos fiéis e, quando assumido com alegria, torna-se verdadeira escola da fé e do amor à Igreja. Os jovens, pertencentes ao grupo de jovens ou não, são chamados a integrar-se nos serviços paroquiais concretos: catequistas, cantores, leitores, acólitos; membros do grupo socio-caritativo, do conselho para os assuntos económicos, do conselho pastoral, da equipa de animação pastoral. Quando os jovens servem a comunidade, sentem-na como a sua casa, sentem-se responsáveis por ela e sentem que a sua edificação faz parte da sua missão.
Os jovens são imprescindíveis para a edificação das comunidades locais. Devem ter nelas o seu próprio lugar sem nunca pôr em causa a unidade e a comunhão de todo o Povo de Deus em caminho. Neste sentido, apesar de poderem ter atividades ou mesmo celebrações e ações evangelizadoras especialmente dirigidas a eles, os jovens devem sentir-se sempre integrados na grande assembleia cristã, que reúne todas as pessoas. Por sua vez, devem sentir que são necessários para a revitalização da comunidade local, mas que também eles precisam de aprender a viver a fé com a experiência e sabedoria de vida dos mais novos e dos mais velhos.
A Igreja de Cristo presente em cada comunidade é muito mais do que o grupo de jovens ou do que o grupo das crianças, dos adultos ou dos idosos. A Igreja de Cristo é assembleia de todos os convocados, na qual todos têm um lugar e uma missão, mas sempre na unidade e na comunhão, dom do Espírito Santo para a edificação do templo santo de Deus.
Os movimentos de espiritualidade e a pastoral dos jovens
Existe entre nós uma realidade de pastoral juvenil que não se limita ao âmbito diocesano nem local, ou seja, ao âmbito territorial da Igreja. Trata-se dos movimentos de espiritualidade, promovidos pelas ordens religiosas e pelas associações públicas e privadas de fiéis. Acolhemo-los como verdadeira obra do Espírito Santo, que estão ao serviço da Igreja inteira e que, nas últimas décadas, têm dado um forte contributo para a evangelização e acompanhamento dos jovens.
A Igreja de Coimbra conta com eles e manifesta profundo apreço pelo seu carisma, vocação e missão. Também eles devem estar bem integrados dentro da Igreja Local, sem prejuízo do seu carisma específico e do seu âmbito de ação geograficamente mais alargado, em virtude da sua aprovação pela Igreja Universal ou pela Igreja Diocesana.
De entre os dinamismos que promovem a evangelização e o acompanhamento humano e eclesial dos jovens, tem uma presença mais relevante na Diocese de Coimbra o Corpo Nacional de Escutas – Escutismo Católico Português.
O Escutismo agrupa milhares de crianças, adolescentes e jovens segundo o seu método e inclui sempre a referência à fé católica como parte integrante da sua proposta formativa. Reconhecemos com agrado a sua presença nas nossas comunidades, desejamos que sejam bem acolhidos e que sejam fiéis à sua identidade e missão dentro da comunhão da Igreja.
A presença ativa dos assistentes espirituais e religiosos, em ligação estreita com os dirigentes e as famílias, oferece ao Escutismo Católico Português a dimensão eclesial inscrita na sua matriz e ajuda a uma mais plena integração na vida da comunidade cristã.
V. A DIOCESE DE COIMBRA E A PASTORAL DOS JOVENS
1. Serviço Pastoral da Juventude
O Plano Pastoral Diocesano e a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 trazem-nos um forte incentivo para uma revisão da nossa pastoral dos jovens, para a criação de um novo olhar da Igreja sobre essa realidade, para a reconfiguração de alguns espaços e instituições já existentes e para a criação de uma nova estrutura organizativa dos jovens e para os jovens.
A Diocese de Coimbra constituirá ao longo deste ano pastoral o Serviço Pastoral da Juventude, que estará sediado no Instituto Universitário Justiça e Paz e contará com a sua mais estreita colaboração.
Este Serviço Pastoral da Juventude estabelecerá laços de ação e comunhão com todas as instituições que se ocupam com os jovens, como são: o Secretariado Diocesano da Pastoral Universitária, o Serviço Pastoral do Ensino Superior, o Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil e, no que lhes diz respeito, outros secretariados, serviços e associações que incluem jovens entre os seus membros ou destinatários.
Toda a pastoral da juventude deve ter uma intenção vocacional, pois estamos na fase de construção dos alicerces da vida em Igreja, na qual cada um é chamado a uma vocação cristã, mas também a uma vocação específica e a um estado de vida. É, por isso, de especial importância a relação de convergência do Serviço Pastoral da Juventude com o Secretariado Diocesano da Pastoral das Vocações, com o serviço de acompanhamento das vocações sacerdotais e com o Seminário Maior de Coimbra.
Pede-se ainda ao Serviço Pastoral da Juventude que alargue a sua ação e oferta aos jovens em geral: aos que estão nas escolas secundárias, aos que frequentam as aulas de educação moral e religiosa católica, aos que fazem parte de associações juvenis, aos que estão nas catequeses paroquiais dos últimos anos, aos que são membros dos movimentos eclesiais ou dos grupos organizados nas paróquias e nas unidades pastorais, aos que estão em caminhada que antecede ou se segue à celebração do Crisma, aos acólitos em idade juvenil.
2. Instituto Universitário Justiça e Paz, Casa dos Jovens
O Instituto Universitário Justiça e Paz (IUJP) tem desde a sua fundação uma vocação para acolher os jovens. Desejamos agora, mais ainda, que seja a “Casa dos Jovens” da Cidade e da Diocese de Coimbra. Desejamos que seja uma casa de portas abertas para acolher todos os jovens e uma referência diocesana para a pastoral dos jovens, tanto para os universitários – sua primeira vocação – como para os que se encontram noutras etapas das suas vidas.
Pensamos também no acolhimento aos que andam em busca da fé ou têm anseios espirituais ainda indefinidos. Os jovens que ainda não se encontraram com Cristo precisam de um porto de abrigo que lhes proporcione a possibilidade de darem continuidade ao seu caminho. Cristo ama os que O conhecem e ama os que O procuram por caminhos adequados ou no meio da grande confusão que os habita. É urgente acolher os que estão dentro, os que estão fora e os que peregrinam nas periferias.
O IUJP seja o rosto do cuidado da Igreja por todos os jovens e uma casa aberta para que não fique nenhum jovem sem o amparo de que precisa nas suas alegrias e esperanças ou nas suas tristezas e angústias, porque Jesus não deixa ninguém abandonado às suas próprias dificuldades.
O IUJP proporcione aos jovens um acolhimento simples e em ambiente agradável e fraterno, ofereça espaços de encontro e convívio, de escuta e diálogo, celebrações litúrgicas e momentos de oração profundos, encontro com a Palavra de Deus e com a doutrina e a espiritualidade cristã, percursos de primeira evangelização e de aprofundamento da relação com Cristo, oportunidade de preparação para os sacramentos de iniciação cristã, possibilidades de reflexão sobre as questões mais prementes do nosso tempo, atividades culturais em linguagens juvenis e com intuito evangelizador.
3. Sínodo dos jovens da Diocese de Coimbra
Não se pode fazer pastoral juvenil sem os jovens. Eles são ao mesmo tempo os protagonistas de um caminho de fé e integração na Igreja e os destinatários das ações conducentes ao encontro com Cristo e ao crescimento integral numa perspetiva transformadora e cristã.
A Igreja está numa fase de redescoberta da sua dimensão sinodal como constitutiva da sua identidade, pois somos Povo de Deus em caminho, no qual todos devem ter voz e todos devem partilhar responsabilidades na comunhão, na participação e na missão.
Desejamos, por isso, integrar mais plenamente os jovens na vida das comunidades e torná-los uma voz ativa na sua edificação. Se não participam ativamente, alheiam-se; se não são ouvidos, desinteressam-se; se não são protagonistas, tornam-se passivos e procuram inspiração noutros lugares e contextos, deixando para trás a Igreja por se tornar uma realidade pouco ou nada relevante no seu caminho.
Propomos à Diocese de Coimbra a realização do primeiro Sínodo dos Jovens, no qual expressem o seu envolvimento na construção da Igreja e no qual reflitam sobre os caminhos a percorrer pela pastoral dos jovens nos tempos futuros.
Este Sínodo deverá ser bem preparado com a ajuda do Serviço Pastoral da Juventude e de todas as estruturas que se ocupam de pastoral juvenil. Incluirá uma fase de escuta do que o Espírito diz à Igreja e aos jovens; passará a uma fase de elaboração e discussão de propostas concretas de pastoral juvenil; concluirá com uma ou mais assembleias gerais conducentes à elaboração do plano diocesano da pastoral dos jovens.
Todas as dimensões da vida e da pastoral dos jovens deverão estar contempladas nesse percurso de graça oferecido à Diocese: a dimensão diocesana, a dimensão local, o primeiro anúncio e a catequese, a espiritualidade, a liturgia, o acompanhamento dos grupos e de cada jovem, a participação na vida das comunidades, a formação humana e cristã, o testemunho dos jovens no mundo familiar, académico, laboral e cultural, entre outros que venham a definir-se.
Esperamos deste modo corresponder ao que a Igreja nos pede e contribuir para a criação de uma verdadeira onda de dinamismo juvenil na nossa Igreja Diocesana. Queremos assim passar de uma ideia de sinodalidade como doutrina ou teoria que se explica, para um modo de ser e estar em Igreja.
Acreditamos que os jovens, dada a sua maneira de ser, são aqueles que, na Igreja, têm maior capacidade e apetência para se envolverem no processo de mudança de que temos necessidade. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na força de amor que inspira o coração de cada um em ordem ao discernimento comunitário e eclesial.
VI. AGRADECIDOS PELA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
A Jornada Mundial da juventude foi uma ocasião ímpar de graça para a juventude católica, para a Igreja em Portugal, mas também para os não crentes ou pertencentes a outras confissões religiosas. Não temos memória de um acontecimento tão mobilizador de pessoas, comunidades e instituições. Na Diocese de Coimbra, sentiu-se o pulsar da fé, da esperança e do amor a que somos chamados; conhecemos as possibilidades que temos de ser Igreja renovada, quando nos confiamos a Deus e nos dispomos a servir com confiança.
Agradecemos ao Comité Organizador Diocesano da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, aos Comités Organizadores Territoriais, ao Coro COD de Coimbra, aos responsáveis dos locais de acolhimento, aos voluntários e às famílias de acolhimento, às instituições e associações públicas e privadas – forças de segurança, autarquias, empresas.
Agradecemos o trabalho feliz dos sacerdotes, dos diáconos, dos consagrados e dos leigos comprometidos na ação pastoral da Igreja ao serviço dos jovens. De modo muito especial, confiamos no entusiasmo dos jovens que participaram na Jornada Mundial da Juventude e dos outros que querem fazer caminho e ajudar a Igreja a renovar-se. Continuamos a contar com a disponibilidade de todos no pós-Jornada e em ordem à continuidade deste desígnio da Igreja Diocesana.
Damos graças a Deus pelo dom que pôs no coração de tantos jovens e adultos, pois são a esperança das nossas comunidades e da nossa Diocese. Assim como nos envolvemos para preparar e viver tão grande evento de profundo significado para a Igreja e para os jovens, seremos capazes de continuar na mesma disponibilidade e fidelidade para servir no presente e no futuro.
Deixo um profundo e sincero “obrigado” a todos, com muita estima e apreço pela obra realizada. Deus esteve connosco e deixou em nós uma alegria incontida, que se transforma em louvor e semente de futuro.
Peço a Deus que vos fortaleça na fé e que abençoe as vossas vidas.
Com Maria, seguimos juntos. O caminho continua...
Coimbra, 15 de agosto de 2023Virgílio do Nascimento AntunesBispo de Coimbra
Partiu hoje dia 22 de agosto de 2023 para o Pai o Rev.do Senhor Padre AMADEU DOS SANTOS ROSA.
Nasceu a 18 de abril de 1944, na freguesia do Pombalinho, concelho de Soure. Filho de José Rosa Júnior e Maria Augusta dos Santos. Entrou para o Seminário Menor da Figueira da Foz em 1955 e, terminado o curso de teologia, não foi imediatamente ordenado, mas pediu autorização ao então Bispo de Coimbra, Dom Ernesto Sena de Oliveira, para fazer um estágio em França. Estavam no ano de 1967. Aí, integrou-se numa comunidade com muitos portugueses e conheceu o trabalho dos Padres do Prado. Durante um ano trabalhou também na construção civil. Em 11 de outubro de 1970, é ordenado presbítero na diocese de Meaux, França, por Mons. Jacques Ménager, conjugando o ministério presbiteral com o trabalho a tempo inteiro em fábricas metalúrgicas. Depois do trabalho, preparava e fazia reuniões com os jovens emigrantes da JOC – Juventude Operária Católica. Assim foi durante 10 anos.Depois de um estágio com a Associação dos Padres do Prado na Colômbia (1982), regressou a França e foi pároco em Lagny (6 anos), em Le Mée-sur-Seine (11 anos) e, por último, em Mitry-Mory. Por motivos de doença e por aconselhamento do seu médico, regressa a Portugal em 2013, à sua terra natal e desde então colaborou fraternalmente com os seus párocos, no contexto da Unidade Pastoral “Coração do Sicó”.Com o agravar da doença, o padre Amadeu encontrava-se atualmente a viver no Lar da Santa Casa da Misericórdia do Alvorge.
O seu funeral está marcado para esta quarta-feira, dia 23 de agosto, pelas 18h na igreja paroquial de Pombalinho, com a missa exequial presidida pelo Vigário-Geral em nome do Senhor Bispo de Coimbra. O seu corpo irá a sepultar no cemitério local.
Paz à sua alma!