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Colóquio :: Um planeta doente Uma economia que mata

Descrição:

Na efervescência dos dias que correm, é cada vez maior a consciência da Humanidade sobre o estado de crise climática e a necessidade de, com urgência, enfrentar as suas consequências. Como afirmou o Secretário Geral da ONU, tudo indica que as coisas estão piores do que se pensava; que a realidade do mundo é pior do que as piores previsões feitas e as metas sobre as alterações climáticas definidas no Acordo de Paris já não são suficientes. "Se forem cumpridas, chegaremos ao final do século com mais três graus, o que é uma catástrofe absoluta", salienta o mesmo Secretário-Geral. Numa síntese precisa, as palavras do Papa Francisco falando na imperiosa necessidade duma transformação global e apelando para uma ecologia integral ao serviço do Homem
Atentos à necessidade de reflectir e propor medidas concretas que contribuam para um combate que cabe a todos, a Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra; a Coimbra Business School | ISCAC e a Associação Cristã de Empresários e Gestores; propõem-se realizar, no próximo dia 24 de Outubro de 2019, pelas 21,15 horas, no Seminário Maior de Coimbra, um colóquio debate subordinado ao tema “Um Planeta Doente-Uma Economia que Mata” com a intervenção dos Professores Carlos Fiolhais e Helena Freitas da Universidade de Coimbra e do Padre João Vila Chã da Universidade Gregoriana de Roma.
Para além da avaliação da presente situação de crise climática, serão debatidas propostas concretas relativas à situação do nosso país, entre as quais se salienta a necessidade dum urgente Plano Estratégico contra a Desertificação, com relevo para a prevista penúria da água e a necessidade duma sua gestão eficaz (papel da dessalinização); a necessidade dum plano de transformação da agricultura, e de reforma da floresta, em que os financiamentos a atribuir privilegiem o interior do país e os agricultores que se proponham a modernização de explorações, e culturas, com impacto positivo no ambiente; igualmente relevam as medidas fiscais que vão desde o incentivo à eficiência energética na reabilitação urbana (incluindo o estabelecimento dum IVA reduzido para biocombustíveis e caldeiras de biomassa), até à promoção da utilização do transporte público, e penalização do transporte privado, em função da congestão das zonas urbanas, passando pelo incentivo fiscal à transição para sistemas de energia renovável de pequena escala, focados localmente, de propriedade local e ecologicamente sustentáveis
É igualmente necessária a criação duma entidade central, dotada de adequados recursos humanos e materiais, altamente especializada, vocacionada para a investigação e punição dos delitos ambientais, protegendo o solo, o ar e a água, tornando efectivo o princípio de quem polui paga.
Em última análise, todas as ideias são importantes desde que falem de solidariedade entre todos os seres humanos e da responsabilidade geracional, convocados pelo bem comum e respeitando o planeta em que vivemos.

Data: 24 de Outubro de 2019, 21:15 a 24 de Outubro de 2019, 23:15