Celebrou-se, neste V Domingo da Quaresma, mais uma peregrinação jubilar arciprestal. Este domingo, foi o Arciprestado de Coimbra Norte que peregrinou pelas três Igrejas jubilares: Santa Cruz (Santuário da Reconciliação), Sé Velha (Santuário de Santa Maria Mãe de Misericórdia) e Sé Nova (Porta Santa). Uma numerosa multidão, das diferentes unidades pastorais que constituem o arciprestado procurou percorrer o caminho que nos convida a entrar no coração misericordioso do Senhor Nosso Deus.
A peregrinação terminou na Sé Nova, onde se celebrou a eucaristia presidida pelo nosso Bispo D. Virgílio Antunes. Na homilia o Senhor Bispo disse que esta peregrinação constituia um grande acto de fé na Igreja, porque é ela que nos convoca, que nos acolhe e que é o sacramento universal de salvação, por ser o Corpo de Cristo, o Único Salvador.
Partindo da Palavra de Deus proclamada, exortou também os presentes à esperança, porque Deus propõe sempre novidade ao seu povo; uma novidade que se revela na ação de Deus em favor da sua criatura e que se manifesta no Deus da misericórdia e do amor que perdoa, que se comove com o nosso sofrimento e que se alegra com as nossas alegrias.
Disse, que celebrar o ano Santo da mIseriórc é acreditar nesta grande novidade de Deus. É um desafio muitíssimo grande. Não basta a peregrinação! «É preciso fazer da nossa vida uma peregrinação todos os dias da nossa vida e passarmos por todas as portas santas e pela Porta Santa que é Cristo»: acolher Cristo no coração, nos sentimentos, na vontade, na inteligência. Continuou dizendo que precisamos de O acolher também na nossa família, nas nossas comunidades cristãs, nas nossas unidades pastorais e na nossa diocese de Coimbra; que precisamos de passar do cuidado pelas formalidades e do que é exterior, ao cuidado também daquilo que somos por dentro, da interioridade. Por último desafiou a que os presentes ajudassem o mundo e as realidades temporais a serem renovadas pela misericórdia do nosso Deus: as famílias, as estruturas sociais, as instituições, as leis. Terminou dizendo que a comunidade cristã tem de estar na primeira linha (primeirear) na transformação das realidades do mundo no qual nos inserimos.