- Hoje é
 
 
Home | Quem somos | actividades | Contactos  
Destaques
Recursos  | Documentos | Visitas | Links | Busca
 
 
Deus é Amor!          Aquele que ama conhece a Deus!               Aquele que ama permanece em Deus!          
 :: O dom da Vida
 :: Namoro
 :: Preparar o casamento: CPM
 :: Celebrar o matrimónio
 :: Crescer em família
 :: Rezar em família
 :: Catequese em família
 :: A educação dos filhos
 :: Aconselhamento Familiar
 :: Planeamento familiar natural
 :: Como posso ajudar?
 :: Movimentos Pastoral Familiar
 :: Boletins Informativos
 
NOTÍCIAS
 
Redescobrir a beleza do matrimónio!

Fr Raniero Cantalamessa, EMF2009, 14/1/2009

O Pe. Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, assegurou nesta quarta-feira que os próprios cristãos «precisam redescobrir o ideal bíblico do matrimónio e da família», para poder propô-lo ao mundo de hoje.

Na conferência inaugural do Congresso Teológico Pastoral, o Pe. Cantalamessa indicou que não se deve apenas «defender» a ideia cristã de matrimónio e de família, mais importante é «a tarefa de redescobri-la e vivê-la em plenitude de maneira a que se volte a propô-la ao mundo com os actos mais do que com as palavras». 

O sacerdote dedicou a sua intervenção, no primeiro dia do Congresso Teológico Pastoral do VI Encontro Mundial da Família, a explicar que durante séculos, o próprio pensamento cristão deixou em segundo plano, frente à visão institucional, o significado esponsal do matrimónio muito mais presente na Bíblia. 

Por detrás das actuais propostas «inaceitáveis» de «desconstrução relativista» da família tradicional, há uma «instância positiva» que é preciso acolher: a visão do matrimónio como união e doação entre os cônjuges. 

«Esta visão vai no sentido original da Bíblia e não contra ela», advertiu o sacerdote capuchinho. «O Concílio Vaticano II sublinhou este aspecto quando reconheceu o amor mútuo e a ajuda entre os cônjuges como bem igualmente primário do matrimónio ». 

É necessário redescobrir a união sexual como imagem do amor de Deus, explicou o Pe. Cantalamessa. 

«Duas pessoas que se amam – e o caso do homem e da mulher no matrimónio é o exemplo por excelência – reproduzem algo do que ocorre na Trindade – explicou. Nesta luz se descobre o sentido profundo da mensagem dos profetas acerca do matrimónio humano, que portanto é símbolo e reflexo de outro amor, o de Deus por seu povo.»

Isso supõe «revelar o verdadeiro rosto e o objectivo último da criação do homem e da mulher: o de sair do próprio isolamento e ‘egoísmo’, abrir-se ao outro e, através do êxtase temporal da união carnal, elevar-se ao desejo do amor e da alegria sem fim». 

O pregador pontifício assinalou, neste sentido, o acolhimento «insolitamente positivo» que teve em todo o mundo a encíclica «Deus caritas est», que insiste nesta visão do amor humano como reflexo do amor de Deus.

Outra questão, acrescentou, «é a igual dignidade da mulher no matrimónio que está no próprio coração do projecto original de Deus e do pensamento de Cristo, mas que quase sempre foi desatendida». 

Não rebater, mas propor

O Pe. Cantalamessa explicou que diante da actual situação de «rejeição aparentemente global do projecto bíblico sobre a sexualidade, o matrimónio e família», é necessário «evitar o erro de passar todo o tempo rebatendo as teorias contrárias». 

A estratégia não é «combater o mundo», mas «dialogar com ele, tirando proveito até das críticas de quem nos combate», afirmou. 

Outro erro que se deve evitar é «apostar tudo nas leis do Estado para defender os valores cristãos». 

«Os primeiros cristãos mudaram as leis do Estado com seus costumes, não podemos esperar hoje mudar os costumes com as leis do Estado», explicou. 

Com relação à actual «deconstrução da família», ou «gender revolution», o sacerdote explicou que tem uma certa analogia com o marxismo e recordou que frente a este a Igreja «aplicou o antigo método paulino de examinar tudo e ficar com o que é bom», desenvolvendo «uma doutrina social própria». 

«Precisamente a escolha do diálogo e da auto-crítica nos dá direito a denunciar os projectos desencaixados do gender revolution  como desumanos, ou seja, contrários não só à vontade de Deus, mas também ao bem da humanidade», acrescentou. 

«Nossa única esperança é que o senso comum das pessoas, unido ao ‘desejo’ do outro sexo, à necessidade de maternidade e de paternidade que Deus inscreveu na natureza humana, resistam a estes intentos de substituir Deus, ditados mais por atrasados sentimentos de culpa do que por um genuíno respeito e amor pela mulher», concluiu o Pe. Cantalamessa.

 

 
 
 

 

 

©Copyright - Secretariado Diocesano da Pastoral da Família, 2004