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ARTIGO
 
A filosofia do egoísmo

Joseph, Cardeal Ratzinger
Roma, 25 de Abril de 1997

Do prefácio de "O Evangelho perante a Desordem Mundial",
de Michel Schooyans, Lisboa, Grifo, 2000


O carácter típico desta nova antropologia, concebida para fundamento da Nova Ordem Mundial, manifesta-se sobretudo na imagem da mulher, na ideologia do "Women's empowerment" (…).

O fim à vista é a auto-realização da mulher que encontraria os seus principais obstáculos na família e na maternidade.

Assim, a mulher deveria ser libertada sobretudo do que a caracteriza e lhe dá nada mais que a sua especificidade: esta é chamada a desaparecer diante de uma "igualdade de género", diante de um ser humano indistinto e uniforme, em cuja vida a sexualidade não tem outro sentido senão o de uma droga voluptuosa, de que a gente se pode servir seja lá como for.

No medo da maternidade que se apoderou de grande parte dos nossos contemporâneos, entra decerto, também, alguma coisa de ainda mais profundo: o outro é sempre afinal o concorrente que me leva uma parte da minha vida, ameaça para o meu eu e para o meu livre desenvolvimento.

Deixou de haver, hoje, uma "filosofia do amor"; o que há é somente uma "filosofia do egoísmo". Que eu possa enriquecer-me simplesmente com o dom; que eu possa encontrar-me justamente a partir do outro e através do meu ser-para-outrem - eis o que é recusado como ilusão idealista. Mas é precisamente aí que o homem se engana. Na verdade, na medida em que o desaconselham de amar, nessa medida o desaconselham de ser homem.

Deste modo, no estádio de desenvolvimento de uma nova imagem e de um novo mundo, chegou o momento em que o Cristão - e não apenas ele, mas pelo menos ele - tem obrigação de protestar.



 

 

 

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