Jovem, levanta-te! Cristo vive :: Carta Pastoral de Dom Virgílio para o triénio 2021-2024

PLANO PASTORAL DA DIOCESE DE COIMBRA - 2021-2024


CARTA PASTORAL
“JOVEM, LEVANTA-TE! CRISTO VIVE.”

 

I. INTRODUÇÃO

Entramos cheios de confiança num novo triénio da caminhada pastoral da Diocese de Coimbra, agora voltado para os jovens. Situamo-nos, assim, no percurso da Igreja Universal impelidos a olhar para os jovens com grandes expetativas e com o desejo de realizar uma forte ação evangelizadora que lhes abra o caminho para o encontro com Cristo e para uma maior e mais visível integração na Sua Igreja.

 

Luzes do Sínodo sobre os jovens

O Sínodo dos Bispos sobre “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”, que teve lugar em 2018, e a Exortação Apostólica do Papa Francisco “Cristo Vive”, dirigida aos jovens e a todo o Povo de Deus, publicada de 2019, trouxeram novas luzes a esta realidade. Desde a reflexão prévia em dinamismo sinodal até à assembleia sinodal, passando por assembleias parciais e locais, todos puderam dar o seu contributo para discernir os caminhos do Espírito e acolher as suas luzes em ordem a uma atitude diferente de toda a Igreja em relação à pastoral dos jovens.

Ao revisitarmos a “Cristo Vive”, que exorto vivamente as comunidades a ler, compreendemos que o Espírito Santo falou verdadeiramente à Igreja e que aquelas palavras são inspiradoras e portadoras de alento face a um certo pessimismo instalado nas comunidades, muitas delas em risco de desistir dos jovens. Ora, Cristo nunca desiste de ninguém, não desiste dos jovens, que olha com imensa ternura. Por isso, acolhemos este tempo de graça e sentimo-nos impelidos à ação.

 

Dinamismo da Jornada Mundial da Juventude

As circunstâncias atuais estão ainda favorecidas pelo movimento já sentido a caminho da Jornada Mundial da Juventude, Lisboa 2023. Os adolescentes estão em marcha conduzidos pelos seus animadores e com a ajuda do guião “Say Yes”, que está a trazer um novo fôlego à catequese do 7º ao 9º ano.

Os jovens começam agora a centrar-se no percurso para a Jornada por meio da reflexão e oração conduzida pelo guião “Rise Up”, bem como pelas atividades propostas pelo Comités Organizadores - Local, Diocesano e Territorial.

Estamos já a viver uma grande onda de entusiasmo, potenciada pela palavra do Papa Francisco, pelos sucessivos apelos das instâncias eclesiais e pelos horizontes de renovação que se anteveem.

 

Dinamismo sinodal diocesano

O Plano Pastoral Diocesano será um instrumento unificador de orientações, perspetivas e sonhos da nossa Igreja de Coimbra, que se sente a caminhar em sintonia com o Espírito de Deus, necessitada de juventude e que se deseja ver renovada em todas as suas pessoas e estruturas por uma presença maior dos jovens tocados pela fé em Jesus Cristo.

Em resposta aos pedidos do Papa que nos sugere uma Igreja toda ela sinodal, também nós quisemos preparar o Plano Pastoral com o contributo da oração, da reflexão e da palavra de crítica e de proposta do Povo de Deus. Nesse sentido, o Secretariado da Coordenação Pastoral enviou à Diocese, particularmente aos conselhos pastorais e às equipas de animação pastoral das unidades pastorais, um questionário, cujas conclusões são um espelho das dificuldades e das potencialidades que temos. Também ali se encontram propostas de objetivos e ações a empreender por todas as comunidades para renovar a Igreja com os jovens.

De modo especial, quisemos que os próprios jovens fossem os primeiros a envolver-se na oração e reflexão acerca das caraterísticas do seu modo de ser e estar na sociedade e na Igreja. Depois de um encontro motivador em cada um dos dez arciprestados, organizado pelo Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil, em que participei, puderam debruçar-se sobre um questionário que lhes foi endereçado e puderam dar os seus valiosos contributos. A sua adesão constituiu uma surpresa e um sinal da sua fé e da sua entrega à causa da edificação da Igreja de Cristo.

Temos, agora, um instrumento orientador desta nova fase da vida da nossa Igreja Diocesana de Coimbra. Alimentados pela força renovadora de Cristo Vivo e pela criatividade do Espírito Santo, somos convidados a avançar com confiança, esperança e fé, dando o nosso contributo para a realização desta obra comum: a construção duma Igreja jovem, viva, acolhedora e fraterna, como acreditamos que Deus a deseja.

 

Plano Pastoral como dom

Embora se centre nos jovens, o Plano Pastoral dirige-se a toda a Igreja Diocesana, a todos os seus membros e a todas as suas comunidades, serviços e movimentos. A pastoral da Igreja deve ser entendida no seu conjunto, como uma única ação orientada para o enraizamento da fé em Jesus Cristo e para uma relação de pertença de todos ao Povo de Deus, conduzido pelo mesmo Espírito, aberto ao Evangelho e sujeito do anúncio a todos os povos da terra.

Os objetivos definidos e as propostas enunciadas no Plano Pastoral têm em conta as diferentes faixas etárias e os variados sectores em que se organiza a comunidade cristã para melhor adequação aos seus membros, mas tendo sempre em vista o crescimento de todos na fé em Cristo e a edificação de um Corpo unido para o testemunho fiel no meio do mundo.

A comunhão da Igreja Diocesana manifesta-se pela profissão da mesma fé, mas torna-se mais efetiva e visível quando esta porção do Povo de Deus caminha orientada pelos mesmos objetivos gerais e quando sintoniza nos mesmos projetos específicos, aqueles que ela mesma, sinodalmente, vai discernindo como os mais urgentes em cada momento da sua história.

 

Aos jovens e a todos

Dirijo esta Carta Pastoral e este Plano Pastoral à comunidade diocesana, a todos os seus membros, aos jovens, aos presbíteros, aos diáconos, aos consagrados e aos leigos.

A preocupação pela pastoral dos jovens não é uma novidade na Igreja diocesana. Houve já, de facto, em anos passados, planos pastorais que a contemplaram, iniciativas de reflexão sobre a mesma nos órgãos de corresponsabilidade pastoral, estudos e jornadas que a ajudaram a fundamentar e compreender. Por outro lado, também a nossa caminhada mais recente, orientada pelos últimos Planos Pastorais, de evangelização, aprofundamento da fé, enraizamento espiritual e renovação pastoral nos impulsiona agora a responder com renovada energia a este objetivo, que lemos, uma vez mais, como apelo do Espírito Santo à nossa Igreja diocesana.

Ponho especial confiança no zelo que, de forma crescente, vêm demonstrando os conselhos pastorais e as equipas de animação pastoral das unidades pastorais, os secretariados diocesanos e os movimentos de espiritualidade. O conhecimento que têm da realidade local ajudará muito a perceber de que modo, com que meios e que ações são mais oportunos para executar este Plano Pastoral. Terão também a possibilidade de fazer, localmente, uma avaliação mais rigorosa do que programaram, do que conseguiram e do que ficou apenas em sonhos por não se ter realizado.

Os catequistas da infância e adolescência, bem como os animadores da pastoral juvenil acolham a missão específica de transmitir a alegria da fé e de testemunhar o imenso carinho de Jesus pelas crianças e jovens que acompanham. Muito daquilo que Deus quer fazer passa pela sua mente aberta, pelo seu coração amoroso e pelas suas mãos disponíveis para a messe.

Aos queridos jovens, a todos eles, seja qual for a sua situação face à fé cristã e à Igreja, dirijo uma palavra de acolhimento e de amizade, convidando-os a porem-se a caminho com Cristo, que os acompanha como Irmão, e a deixarem-se envolver pela Igreja, que cuida deles como Mãe.

 

II. JOVEM, LEVANTA-TE!

Jesus ama os jovens

Jesus tem uma especial predileção pelos jovens. O Evangelho de São Lucas oferece-nos o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7, 11-17) como exemplo desse amor compadecido, que tem como centro o jovem e o círculo daqueles com quem se relaciona mais diretamente, em primeiro lugar, a mãe, mas depois também a multidão dos seus seguidores.

Ao apresentar-se como o Senhor da vida, Jesus não quer deixar no poder da morte nenhum daqueles que o Pai lhe deu, mas quer comunicar o dom de que é portador para toda a humanidade. Ele é o Senhor Ressuscitado que veio para resgatar a todos da morte, de modo que, na Sua vida terrena antecipa já os sinais que manifestam o futuro que oferece à humanidade.

Já outros textos bíblicos tinham adiantado profeticamente essa força de vida do amor de Deus, como é o de 1 Rs 17, 8-24, que narra como Elias ressuscitou o filho da viúva de Sarepta, ou o de 2 Rs 4, 18-36, que narra como Eliseu ressuscitou o filho da mulher sunamita invocando o Senhor.

O Novo Testamento dá continuidade a essas narrações, agora centradas na ação de Jesus e dos apóstolos, continuadores da Sua missão reveladora e portadora da vida, como é o caso de Lc 8, 40-42.49-50, que narra a ressurreição da filha de Jairo; At 9, 36-43, que narra a ressurreição de Tabitá por intermédio de Pedro e ainda At 20, 7-12, que narra a ressurreição de um jovem chamado Eutico, em Tróade, por ação de Paulo. Trata-se sempre de crianças ou jovens, daqueles que, por estarem na força da vida, não podem ficar entregues à morte.

Segundo a revelação bíblica, Deus criou o homem para viver e esse é um desejo inscrito na própria vida que lhe é dada. Além disso, a morte traz sempre consigo a impossibilidade de manter esse desejo, juntamente com a impossibilidade de se construir como pessoa e de louvar o Deus criador a partir da fé. A morte física, sem dúvida, mas também a morte psíquica, espiritual e moral traça um limite aos desafios do presente e do futuro numa relação com os outros, com o mundo criado e com Deus.

O desejo de viver alimenta e fortalece a identidade do homem criado para o amor ao próximo e a Deus, que não é possível no mundo dos mortos. Desse modo, o maior desejo de Deus é que o homem não morra, mas tenha a vida eterna no amor de Deus. Para que essa vida terrena e eterna aconteça na história de cada um, Jesus ofereceu a Sua própria vida e ressuscitou dos mortos. Por meio da fé em Jesus morto e ressuscitado, o homem pode fugir à morte e acolher o dom da vida.

 

Compaixão pela mãe e pelo filho

Ao escutar o choro da viúva de Naim, Jesus enche-se de compaixão, tanto por ela como pelo filho que leva a sepultar. Jesus deseja a vida, a mulher deseja a vida e os dois desejos encontram-se nas entranhas de misericórdia divina, que leva a dirigir a palavra ao jovem morto: levanta-te! Este verbo, também usado para referir a ressurreição do próprio Jesus, é usado aqui para abrir de novo as portas da vida ao defunto, mas igualmente para voltar a dar a alegria da vida e do convívio familiar a sua mãe e a todos os que acompanhavam o percurso geográfico até à sepultura ou o percurso interior do sofrimento em direção à alegria abundante que se encontra somente no Senhor que realiza o milagre.

Ao vermos Jesus ressuscitar o filho da viúva de Naim vem-nos inevitavelmente ao pensamento a frase de João “quem ouve a minha palavra e crê n’Aquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida” (Jo 5, 24). A palavra poderosa de Cristo é palavra de vida eterna, é um sinal para a fé e aniquila o poder da morte.

Por sua vez, a expressão paulina, “para mim viver é Cristo” (Fl 1, 21) aponta para o batismo como um morrer que leva a nascer para uma vida nova em Cristo, o Senhor da vida. Nesse novo nascimento dá-se o encontro definitivo com Cristo e vislumbra-se na fé o futuro que nos espera, a bem-aventurança que Ele promete e oferece aos que permanecem no amor e, por isso, permanecem n’Ele.

 

Vida dos jovens, alegrias e dores

O milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim tem efeitos notórios na vida do jovem, na vida da sua mãe e na vida de toda a comunidade.

Para o jovem trata-se do grande momento da sua existência, pois volta a dar-lhe a possibilidade de se construir, de louvar a Deus pelo que é e de seguir Aquele Jesus que o encontra morto e lhe oferece o bem mais precioso, condição para todos os outros.

Toda a narração nos aponta para um acontecimento histórico e para a ressurreição de alguém que está fisicamente morto, pois, passado o tempo regulamentar para se atestar o óbito de alguém, já o levam para ser sepultado. Podemos, no entanto, ampliar a nossa leitura do texto bíblico e incluir nela as muitas situações de morte espiritual em virtude do pecado ou ainda outras situações de morte como é o estar longe de Deus pela ausência da fé, o negar-se a seguir Jesus por indefinição da própria vocação cristã ou até a falta de sentido para a vida em virtude da falta de esperança que se instala na mente e no coração.

Os jovens estão na força da vida e são por natureza pessoas alegres, cheias de esperanças e de sonhos, anseiam por dar a vida e transformar o mundo em que vivem, buscam a felicidade mais autêntica e não se conformam com as injustiças que vêm à sua volta. São generosos, capazes de uma amizade sincera e de se comover com o sofrimento dos outros, têm uma alma grande e aberta ao mistério, desejam superar-se e alargar sempre mais os horizontes da sua existência.

Mas, os mesmos jovens correm sérios riscos de se fechar no seu eu e de matar as sementes de esperança que foram plantadas no seu coração. Não raro deparamos com jovens acabrunhados e sem coragem para enfrentar as dificuldades que nascem dentro de si ou para colmatar os vazios instalados mesmo sem saberem como nem porquê. Vulneráveis como são, tornam-se frequentemente vítimas fáceis da sociedade em que vivem, alvo das conquistas ideológicas ou de propostas de vida que se tornam estradas abertas para a destruição de si mesmos.

A humanidade conhece de perto as muitas formas de escravização que oferece aos jovens sob a capa de felicidade a baixo custo ou como meios imediatistas de resolver problemas, conflitos e desânimos.

 

Salvação dos jovens

Se muitos jovens têm o amparo e o apoio da família, da escola, da sociedade em geral para fazerem um caminho de crescimento sereno, outros há a quem faltou tudo e todos, sendo deixados à mercê da sua fragilidade ou a lutar sozinhos contra os perigos que aparecem nos momentos mais inesperados. Se muitos têm na sua história uma iniciação à fé como suporte das suas lutas e acederam ao encontro com Cristo como fortaleza de amor a alicerçá-los por dentro, outros há que nunca encontraram verdadeiras testemunhas que lhes falassem de Deus ou os ajudassem a elevar o olhar para o alto. Se muitos tiveram a graça de entrar e permanecer na Igreja e sentir-se acolhidos e acompanhados nas suas comunidades, outros há que não tiveram quem os conduzisse às fontes da salvação ou que nunca foram verdadeiramente acolhidos e acompanhados tais quais como são.

O olhar misericordioso de Jesus e a sua palavra de amor “levanta-te”, manifestam como Ele se comove, cuida, acompanha e deseja resgatar todos os jovens das suas prisões ou mortes interiores. Esse encontro torna-se sempre lugar de ressurreição, princípio de um presente e de um futuro verdadeiramente jovem, porque cheio de alegria, de esperança, de amor e de sentido luminoso para a vida.

Aquele acontecimento torna-se momento de salvação para o jovem, uma salvação que consiste em passar da morte à vida pelo poder do amor de Deus revelado em Jesus Cristo. Levantar-se à palavra de Jesus, significa ser salvo por Ele e entrar no caminho do seguimento, do discipulado, que é já participação do Seu mistério humano e divino.

 

Grandezas e limites da família dos jovens

A viúva de Naim, mãe do jovem que vai a sepultar, chora a morte do seu filho e vê interrompido um mundo de relações indispensáveis à sua subsistência como pessoa e como família, pois está na mais crua solidão, está verdadeiramente sem ninguém.

A comunidade familiar é, sem sombra de dúvida, aquela que melhores condições deve oferecer aos jovens para crescerem de forma harmoniosa em todas as dimensões: na generosidade e no amor, nas relações sociais e fraternas, na experiência religiosa e de fé. É também o lugar que, quando não reúne as condições adequadas, mais prejuízos pode causar ao bem estar e à felicidade dos jovens.

O amor dos pais constitui a realidade mais marcante das suas vidas, mesmo que aparentemente nem sempre o possam reconhecer, e a falta dele fere gravemente o coração e a estabilidade dos jovens, atirando-os frequentemente para as malhas das dependências de tudo o que lhes surge como ocasião de fuga à solidão e ao sofrimento que sentem.

Estamos numa época de crise familiar e, talvez por isso, num tempo em que os jovens são confrontados com problemas agravados. Essa desagregação social e eclesial que resulta das famílias desfeitas e, porventura, refeitas de outro modo e com outros intervenientes, tem necessariamente consequências sobre os jovens no seu amadurecimento pessoal e na sua adaptação à vida, com graves lacunas na formação de uma personalidade a caminho da autonomia e da vida adulta; casos há em que os jovens chegam mesmo a ser manipulados como verdadeiros joguetes nas mãos dos pais... Nessas circunstâncias, os jovens ficam, frequentemente, sem ninguém que os acompanhe pessoalmente, entregues a si mesmos numa antecipação forçada da sua condição de adultos, ou numa situação de sofrimento, cuja memória se pode prolongar indefinidamente no tempo, com a recordação de uma má experiência de relação familiar que condicionará negativamente todo o seu percurso de vida.

Os jovens precisam de uma família que os ampare, compreenda, ajude a corrigir e aponte horizontes de vida sólidos. Precisam até de alguém que se compadeça deles com misericórdia no momento da desorientação ou do sofrimento. Precisam de uma família que se alegre com os seus sucessos e que chore com as suas desgraças.

 

A Igreja cuida dos jovens

A viúva de Naim que chora a morte do seu filho único faz manifestar-se a misericórdia de Deus por meio de Jesus e pode bem simbolizar todo o cuidado das famílias para com os seus filhos. Podemos ainda vê-la como a figura feminina da Igreja, que cuida dos seus jovens com ternura, que se alegra com a sua felicidade e que chora quando os vê perdidos. Como nos disse o Papa Francisco, “não sejamos uma Igreja que não chora frente a esses dramas dos seus jovens filhos. Nunca nos acostumemos a eles, porque quem não sabe chorar não é mãe. Nós queremos chorar para que a sociedade também seja mais mãe, para que, em vez de matar, aprenda a dar à luz, para que seja promessa de vida” (Cristo Vive, 75).

Dando continuidade ao ministério de Jesus, a Igreja tem de estar muito atenta aos jovens, tem de se fazer sentir sua mãe no cuidado que manifesta para com todos eles. Como família e como comunidade chamada a viver no amor, a Igreja não pode deixar ninguém de fora, especialmente aqueles que, por serem mais vulneráveis, facilmente se vêm perdidos no meio do mundo. Ao ouvir o choro da mãe, Jesus olha para o seu filho e oferece-lhe o dom da vida, restaurando, assim, um e outro.

 

A vida dos jovens, sinal para a fé

A grande multidão que seguia Jesus e presenciou aquele milagre ficou cheia de temor e deu glória a Deus. Ninguém foi indiferente à presença do “grande profeta” e perceberam que, por meio d’Ele, “Deus visitou o seu povo”, como haviam escutado tantas vezes no texto sagrado dos profetas e como esperavam ansiosamente ao longo de muitos séculos.

Em Jesus, cumpre-se a promessa da visita salvadora do Messias e vê-se realizada a profecia de Isaías acerca dos novos tempos, tal como o evangelista refere logo a seguir: “os cegos veem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa Nova é anunciada aos pobres” (Lc 7, 22-23).

Por um lado, todos os presentes se sentiram atingidos pelo poder de Deus, que lhes dá a vida, como deu a vida ao jovem defunto; por outro, encontraram ali um sinal para a fé, como aconteceu sempre que Jesus realizou um milagre. A obra de Deus realiza-se e envolve os circunstantes, de modo que acreditam, são libertados e a fama do milagre espalha-se por toda a região, ou seja, a Boa Nova que conduz à fé é anunciada.

 

Partilha da fé entre os jovens

A comunidade cristã alimenta-se diariamente dos sacramentos que celebra, mas precisa igualmente do testemunho da fé de todos os seus membros. De um modo especial, os jovens são muito sensíveis ao testemunho de fé dos outros jovens e precisam de um contacto forte com os que acolhem a Palavra de Deus e se deixam moldar por ela. A fé de um jovem, quando é sincera, transformadora da vida e se expressa por palavras e por obras, é sempre contagiante e interroga seriamente os outros jovens.

Os jovens podem manifestar alguma indiferença ou até alguma rejeição pelas expressões de fé dos adultos, uma vez que pretendem crescer em autonomia e procuram sempre a novidade, mas nunca são indiferentes ao testemunho daqueles que participam nos mesmos grupos, que fazem parte da mesma comunidade ou partilham o entusiasmo pelas mesmas causas. Ser jovem cristão transforma-se, assim, numa verdadeira causa missionária e evangelizadora que há de dar bons frutos.

A palavra de Jesus, “levanta-te” continua a ecoar aos ouvidos dos jovens que se encontram desanimados, sem fé, perdidos ou sem coragem para empreender o caminho. Eles precisam de uma comunidade que os auxilie nesse processo proposto de forma veemente por Jesus, precisam da palavra e do testemunho da família, da paróquia, do grupo, da comunidade, da Igreja.  No entanto, eles sentem de forma mais próxima a voz dos animadores adultos, que assumem essa missão, e dos animadores, jovens como eles, cheios de Deus e do desejo de comunicar a sua experiência de fé, desde que seja sincera e apesar de todos os seus limites.

Deste modo, os primeiros animadores da pastoral juvenil, são os próprios jovens que, à palavra de Jesus, ousam levantar-se e pôr-se a caminho, acolhem a Sua vida e se decidem, animados pela força do amor de Deus, a comunicar a vida. A Igreja deposita neles a sua confiança e, em nome de Jesus, entrega-lhes o protagonismo dessa missão.

 

III. JOVEM, CRISTO FAZ O CAMINHO CONTIGO 

Cristo, jovem com os jovens

Ao caminhar com os dois homens que se dirigem a Emaús, Jesus mostra que está disponível para acompanhar toda a humanidade que procura encontrá-l’O como Ressuscitado e peregrino da fé. Ele faz-se sempre companheiro de viagem de cada um dos jovens buscadores de Deus e desejosos de O seguir nas estradas da vida, mesmo que não saibam qual a meta nem como será a caminhada.

A narração de Lc 24, 13-35 assegura-nos que nunca estamos sós e que a fé é uma longa jornada de descobertas e de incertezas que se tornam certezas cada vez maiores quando reconhecemos que Ele vai connosco e nos dá a possibilidade de uma relação de amizade reveladora e consoladora.

Os dois homens dirigem-se a uma povoação chamada Emaús, desanimados e tristes depois dos acontecimentos que tiveram lugar em Jerusalém, a paixão e a morte de Jesus em quem tinham depositado as esperanças da redenção de Israel. Tinham conhecido Jesus de Nazaré como profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo, acompanharam a sua condenação e morte na cruz e, apesar de algumas mulheres terem encontrado o sepulcro vazio, não tinham notícia de que estivesse vivo, como esperavam. Agora, perplexos, saíam da cidade em direção ao campo, privados ainda da visão da fé.

Este entusiasmo por Jesus, cujo nome se ouviu proclamar como o de Alguém grande nas suas obras e palavras, deixa em todos uma grande insatisfação e faz aumentar o desejo de um encontro que abra as portas a uma visão crente, a única que preenche plenamente os anseios mais profundos.

 

Da admiração à fé

Muitos jovens da nossa Igreja fazem exatamente essa mesma experiência dos discípulos de Emaús, quando na família, na catequese, na Igreja, se habituaram a ouvir falar de Jesus como grande personagem da história humana e religiosa, puderam reunir inclusivamente muita informação acerca da sua personalidade, da sua identidade e da sua dimensão humana, mas não foram tocados interiormente por Ele. Estes jovens tornam-se, porventura, admiradores da sua pessoa, mas ficam com uma sensação de insatisfação ou podem mesmo esmorecer quando não são capazes de dar o passo da fé. Não basta aos jovens, buscadores de Deus, contemplar um Homem diferente ou fazer memória de um personagem marcante, mas de um passado distante, pois para construir as razões para viver, e viver com sentido, é necessário mais do que um livro de história, é imprescindível a sintonia do coração com o Cristo vivo.

No momento em que Jesus se aproxima e faz caminho com os dois discípulos, eles iniciam um novo processo, uma verdadeira peregrinação interior, que os levará à experiência do encontro e da relação pessoal. Precisam, no entanto, de sinais mais fortes que lhes deem uma nova visão, a visão da fé. A explicação das Escrituras introdu-los progressivamente no sentido da presença de Deus ao longo da História da Salvação e encaminha-os para a fração do Pão, fazendo-lhes arder o coração, numa preparação que conduz à revelação de Jesus como o Cristo, o Senhor, Aquele que morreu, mas agora está vivo.

No momento em que os seus olhos se abrem para O reconhecer e acreditar que Ele está vivo, opera-se uma mudança radical no seu espírito, simbolizada na viagem de regresso a Jerusalém, onde encontram os Onze e os seus companheiros que confirmam: “realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão”.

 

Da fé ao discipulado missionário

A vida daqueles discípulos transformou-se e podemos imaginá-los a anunciar o Evangelho com os Apóstolos e os outros seguidores do Mestre. Conhecer Jesus de Nazaré como profeta grande em obras e palavras, tinha sido o princípio do percurso; reler com Ele as Escrituras e repassar as promessas de Deus, ajudou a compreender as esperanças de Israel; aceitá-l’O como companheiro de jornada e partilhar com Ele o momento da fração do Pão, leva à fé no Senhor Ressuscitado e a segui-l’O.

 

A Igreja faz caminho com os jovens

A caminhada de Jesus com os discípulos de Emaús constitui o modelo fundamental do percurso que a Igreja deve fazer com os jovens para cumprir a sua missão de os ajudar a descobrir o sentido das suas vidas a partir da fé.

O Papa Francisco define a ação de Jesus na relação com aqueles dois discípulos, dizendo: “Para estar na sua companhia, percorre o caminho com eles. Interroga-os e dispõe-se a uma paciente escuta da sua versão dos factos para ajudá-los a reconhecer aquilo que estão a viver. Depois, com afeto e energia, anuncia-lhes a Palavra, guiando-os na interpretação dos acontecimentos que viveram à luz das Escrituras. Aceita o convite a ficar com eles ao entardecer: entra na sua noite. Na escuta, o coração deles reconforta-se e a sua mente ilumina-se, ao partir do pão abrem-se-lhes os olhos. Eles próprios escolhem empreender sem demora o caminho em direção oposta, para voltar à comunidade e partilhar a experiência do encontro com Jesus ressuscitado” (Cristo Vive, 237)

Tal como fez Jesus, a Igreja há de caminhar afetuosamente com os jovens, escutar os seus pontos de vista sobre a realidade, anunciar-lhes a Palavra, proporcionar-lhes momentos fortes de encontro caloroso com Ele na fração do pão e criar as condições para que empreendam um novo caminho e partilhem com os outros a experiência vivida.

Toda a pastoral dos jovens, iluminada pela atitude de Jesus expressa neste episódio do Evangelho de São Lucas, é uma pastoral do acompanhamento e do afeto; é uma pastoral da paciência que não regateia o tempo, mas se exprime no gosto de estar com eles; é uma pastoral do diálogo, que leva a escutar a sua visão dos factos e ajuda a interpretá-los à luz da Palavra de Deus; é uma pastoral que introduz na celebração dos mistérios da fé e a saborear a alegria da presença de Jesus vivo; é uma pastoral que favorece as decisões pessoais dos jovens a partir do encontro interior com Jesus ressuscitado e não a partir de imposições externas.

Em nome de Jesus ressuscitado, a Igreja, por meio dos seus pastores e de todos os animadores, a começar pelos jovens, é chamada a pôr-se a caminho com os jovens e a estar com eles de forma paciente, calorosa e livre para que se deixem tocar pela fé no Senhor e empreendam o caminho de uma vida nova.

 

IV. JOVEM, CRISTO CONVIDA-TE A SEGUI-L’O

Jesus, a vida eterna

A juventude é a idade das decisões para toda a vida, é a idade para assumir a vocação humana e cristã em toda a sua radicalidade. Com a experiência adquirida e com o conhecimento que se tem do mundo, dos outros e de Deus, está-se, nessa altura, em melhores condições para acolher os maiores desafios, para traçar o rumo que se pretende seguir e o sentido que se pretende dar à existência.

Quando o jovem rico se aproxima de Jesus e lhe pergunta “Mestre, que hei de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?” (Mt 19, 16-26), está a manifestar o desejo de tomar as decisões mais acertadas para o seu presente e o seu futuro, desejo esse que está inscrito no mais íntimo de cada pessoa. A partir da fé, o presente e o futuro têm sempre a ver com o sentido de Deus e com o sentido do próximo, pois nada na vida pode estar fora desse contexto cristão e humano.

Alcançar a vida eterna significa acolher a salvação eterna prometida nas páginas da Escritura e que é dom de Deus. Significa também acolher desde já as sementes de bondade, que levam a enquadrar a vida terrena presente como caminho de realização pessoal, numa perspetiva de relação de amor a Deus e de serviço aos irmãos. O desejo de vida eterna inclui também sempre a busca da felicidade, mesmo que não se possa defini-la bem em todos os seus contornos, mas sabendo que é o desejo de estar bem, em paz interior, em relações harmoniosas com os outros, com o cosmos, consigo mesmo e com Deus.

Quando Jesus convida o jovem a cumprir os mandamentos, está a indicar-lhe o caminho da vida quotidiana que deve exprimir as linhas de orientação fundamentais e o acolhimento dos valores humanos expressos na dádiva de Deus ao Seu povo por meio da Lei da Aliança de amor, ou seja, por meio do Decálogo. Os mandamentos referidos, e que visam as relações com os outros em sociedade, supõem o primeiro de todos eles, o do amor a Deus, que, quando é verdadeiro, conduz sempre ao segundo: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

 

Caminho de perfeição

Vem depois o chamamento à perfeição, a vocação ao seguimento, cujo sinal e condição é o desprendimento dos bens terrenos e a caridade para com os pobres. No fundo, o amor a Deus, expresso pelo seguimento de Jesus, e o amor ao próximo, manifestado pelo desapego dos bens e pela caridade fraterna, constituem a vocação de cada pessoa, que se constrói particularmente a partir da juventude.

O caminho da perfeição começa quando um jovem se decide, movido pelo amor de Deus, a seguir Jesus e a inaugurar uma nova forma de relacionamento com os bens de que dispõe e com as pessoas que fazem parte da sua vida. Esta é uma proposta feita a todos, que tem realizações concretas, segundo a vocação específica a que cada um se sente chamado.

O processo de discernimento da vocação, feito na obediência da fé, na escuta da Palavra de Deus, na oração sincera, na experiência de encontro com a comunidade cristã e com as realidades do mundo e com o acompanhamento materno da Igreja, é um passo decisivo no caminho de perfeição proposto por Jesus a cada pessoa.

 

Vocação e santidade

A vocação a seguir Cristo faz parte integrante do caminho que nos é proposto a partir da fé. Assenta na vocação à vida que nos foi dada e dá origem a uma nova orientação de tudo o que somos, de tudo o que desejamos e de tudo o que fazemos. Em resumo, é o chamamento que Deus nos faz para nos configurarmos com Cristo na santidade, esta entendida como um processo iniciado no batismo e que tem continuidade ao longo de toda a vida em que nos propomos, de facto, ser santos.

O Concílio Vaticano II reafirmou a vocação à santidade como a vocação universal dos cristãos, dizendo: “Todos os fiéis cristãos, de qualquer condição e estado, fortalecidos com tantos e tão poderosos meios de salvação, são chamados pelo Senhor, cada um pelo seu caminho, à perfeição daquela santidade pela qual o próprio Pai é perfeito” (LG 11). Este é o caminho de seguimento de Jesus que o Evangelho propõe aos jovens e este é o caminho que os conduz a saciar a ânsia de vida eterna referida pelo jovem rico que se aproxima de Jesus, segundo a narração bíblica.

O Papa Francisco esclarece os jovens ensinando-lhes que essa vocação não é algo de estranho, mas faz parte da vida quotidiana, comum a todos, e configura-se na amizade com Ele, na vida orientada para os outros, na vivência do amor familiar e na transformação do mundo por meio do trabalho (cf. Cristo Vive, 250-273). Pode também realizar-se nas vocações de especial consagração, como é o caso do sacerdócio ministerial e da vida consagrada nos institutos religiosos os nos institutos seculares.

A vocação cristã é sempre caminho de vida eterna em resposta ao convite de Jesus, “vem e segue-Me”, é sempre caminho de salvação, como o Papa explica: “A salvação que Deus nos oferece é um convite a fazer parte de uma história de amor que se entretece com as nossas histórias, que vive e quer nascer no meio de nós, para que demos fruto onde quer que estejamos, como estivermos e com quem estivermos” (Cristo Vive, 252).

O discernimento de uma vocação cristã em sentido geral ou de uma vocação em sentido específico não se faz sem o diálogo com o Senhor, que nos trata por amigos e nos chama a segui-l’O com total disponibilidade. É uma escolha decisiva e marcante, que se integra plenamente no desejo que os jovens têm de autenticidade e radicalidade. Quando se conhece Cristo com a inteligência e com o coração, surge o desejo forte de O seguir e de acolher o seu estilo de vida, caminho de santidade e de eternidade.

Ao pensar na pastoral dos jovens, como é objetivo deste Plano Pastoral, temos consciência de que “toda a pastoral é vocacional, toda a formação é vocacional e toda a espiritualidade é vocacional” (Cristo Vive, 254), pois toda ela é uma missão que a Igreja é convidada a realizar em ordem a possibilitar aos jovens o encontro com Cristo e o seguimento de Cristo como melhor forma de realização de si mesmos.

 

V. JOVEM, A IGREJA ACOLHE-TE

Igreja, mãe dos jovens

Entre as muitas caraterísticas da Igreja de Deus sobressai para os jovens a sua condição de mãe. No meio do turbilhão de ideias que afloram à sua mente e entre frequentes crises de crescimento, os jovens precisam de um porto seguro, aspiram pelo amor, pela compreensão e pelo cuidado da mãe. Muitas outras instituições podem dar conselhos, apontar metas, tecer críticas ou exprimir desencantos, mas a figura materna vai além de tudo isso, porque vive do amor gratuito e sem condições.

A Igreja quer ser mãe para os jovens, quer ajudá-los a crescer livres e responsáveis, deseja vê-los a percorrer o caminho da realização, da felicidade, da vida e não pode reservar nada para si, pois existe para dar e para se dar. Nem sempre isso acontece, pois frequentemente ela falha na sua condição de mãe e pensa mais em si do que nos seus filhos, não dá lugar aos seus sonhos e limita a sua ânsia de crescer, mais preocupada que está com os seus erros do que com o seu caminho e as suas vitórias, por pequenas que sejam.

Estamos no momento decisivo para que a Igreja Diocesana de Coimbra dê lugar e tempo aos jovens. Em primeiro lugar, porque é mãe e quer acolher todos os seus filhos com amor; depois porque, como escreveu o Papa Francisco, a Igreja precisa do seu entusiasmo, das suas intuições, da sua fé (cf. Cristo Vive, 299), e ainda porque os jovens “podem conferir à Igreja a beleza da juventude quando estimulam a sua capacidade de se alegrarem com aquilo que começa, de se darem sem recompensa, de se renovarem e de partirem de novo para novas conquistas” (Cristo Vive, 37).

 

Maria, modelo da Igreja, que acolhe os jovens

A melhor figura e modelo de uma Igreja que acolhe os jovens é a Virgem Maria. Ela é a Mãe que acolhe e protege o Seu Filho Jesus com um amor ímpar, de Belém a Nazaré, do Calvário ao Cenáculo. Ela é a Mãe que acompanha os apóstolos e discípulos, seus filhos na oração de espera pelo Espírito Santo e nos alvores do anúncio do Evangelho aos quatro cantos do mundo. “Ela é o grande modelo para uma Igreja jovem, que quer seguir Cristo com frescura e docilidade” (Cristo Vive, 43).

Como Igreja Diocesana presente na unidade de todas as suas comunidades, queremos seguir os passos de Maria no acolhimento amoroso aos jovens; queremos converter a nossa mentalidade que os tem considerado mais como esperança de futuro do que como realidade transformadora já atuante; queremos aceitá-los como o “agora de Deus” (Cristo Vive, 64), como o “agora da Igreja” e como o “agora do mundo”.

Como Igreja Diocesana de Coimbra sentimo-nos enviados a comunicar-lhes por palavras e por testemunhos as três realidades fundamentais que podem transformá-los: “Deus ama-te”, “Cristo salva-te”, “Cristo vive” (cf. Cristo Vive, cap. IV). Convidamos os jovens a tornarem-se, como Igreja que são, os primeiros agentes da pastoral juvenil e a assumirem a missão de comunicarem as mesmas três certezas aos outros jovens.

 

Plano Pastoral, instrumento do Espírito

Que o nosso Plano Pastoral seja acolhido por todos e em cada comunidade cristã, nomeadamente em cada unidade pastoral, como um instrumento inspirado pelo Espírito Santo ao serviço da Igreja que quer ser jovem e quer acolher os jovens como seus filhos prediletos.

Confiamos o nosso Plano Pastoral à intercessão de Santo Agostinho, jovem buscador de Deus e padroeiro da nossa Diocese de Coimbra; pomo-lo nas mãos amorosas de Maria, Mãe dos jovens e Mãe da Igreja.

Coimbra, 28 de agosto de 2021
Festa de Santo Agostinho, padroeiro da Diocese de Coimbra
Virgílio do Nascimento Antunes
Bispo de Coimbra

 


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